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PRESERVAÇÃO DAS TRÊS PISCINAS DE LISBOA

A presidente da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta, enviou ao presidente da Câmara de Lisboa uma carta apelando à preservação das três piscinas de Lisboa que a autarquia pretende demolir.


A presidente da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta, enviou ao presidente da Câmara de Lisboa uma carta apelando à preservação das três piscinas de Lisboa que a autarquia pretende demolir.

Na missiva, Helena Roseta recorda que as piscinas do Areeiro, dos Olivais e do Campo Grande são “hoje uma referência para os arquitectos e para as populações que, durante décadas, serviram”. Para a presidente da OA, trata-se de obras “executadas com um cuidado extremo, quanto à funcionalidade, à articulação com as artes plásticas e à pormenorização construtivas que revelam a destreza e inteligência da arquitectura produzida no país durante a década de 60”.

Lembrando que os autores das obras – Alberto José Pessoa, Aníbal Barros da Fonseca, Eduardo Pais Lopes, para além de Francisco Keil do Amaral – “desempenharam um papel significativo na cultura portuguesa num período política em que o imobilismo era real”, Helena Roseta defende que “num momento em que tanto se evoca a qualidade do espaço público construído, demolir três equipamentos onde essa qualidade é reconhecida parece um gesto contraditório”.

E acrescenta: “Hoje, a recuperação é a palavra de ordem nas cidades europeias. Os edifícios construídos no século XX são, cada vez mais, objectos de celebração. Foi também com esse objectivo que a Ordem dos Arquitectos lançou o inquérito à arquitectura portuguesa no século XX”.

Na conclusão da carta enviada a Carmona Rodrigues, a presidente da Ordem dos Arquitectos apela “em meu nome pessoal e no da Ordem dos Arquitectos para que pondere qualquer decisão que ponha em causa a manutenção destes três complexos, referências de um período importante da história da nossa arquitectura de Lisboa. A sua memória não deve ser apagada”, conclui.

>> Carta na íntegra

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