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"Não é um Rio"

Finalista do Booker Internacional e vencedor do Illa-Letteratura, este é o romance que assinala o fulgurante regresso da argentina Selva Almada, que a Dom Quixote apresentou aos leitores portugueses, em 2017, com Raparigas Mortas.

Enero e o Negro vão à pesca com Tilo – o filho adolescente de Eusebio, o amigo que morreu –, regressando à ilha onde costumam ir há anos, apesar da memória de um terrível acidente ali ocorrido. Enquanto bebem, cozinham, falam e dançam, lutam com os fantasmas do passado e do presente, que se confundem no ânimo alterado pelo vinho e pelo torpor. Uma rede mistura realidade e sonho, factos e conjeturas, ilhéus, água, noite, fogo, peixes, bichos. Os três são intrusos, e este momento íntimo e peculiar coloca-os em desacordo com os habitantes – humanos e não humanos – deste universo natural rodeado de água e regido pelas suas próprias leis. Há perdas, mortes prematuras… Mas há também a vitalidade obstinada da natureza. Quando a floresta se começar a fechar sobre eles, e a violência parecer inevitável, será que outra tragédia está destinada a ocorrer?

Humano, mas ao mesmo tempo animal e vegetal, este romance flui como um rio, uma longa conversa ou o afeto entre seres que se amam: mães, filhos, irmãos, amigos, amantes, afilhados.

Com a sua prosa precisa e económica, e a sua extraordinária sensibilidade, Selva Almada mostra novamente porque é considerada uma das vozes mais originais e poderosas da atual literatura latino-americana.

«Neste poderoso romance, a morte de uma raia desencadeia uma série de acontecimentos fatídicos na margem de um rio sul-americano nunca nomeado... Como um sonho, este conto sobrenatural permanece na mente do leitor.»
PUBLISHERS WEEKLY

«Selva Almada, tal como Claire Keegan, escreve o silêncio suspenso; e, neste romance, o silêncio que a morte deixa naqueles homens, naquela floresta, naquele rio.»
RADAR LIBROS/PÁGINA 12

«Uma escrita onde o costumbrismo se transforma em poesia. O resultado é um romance social com todas as suas virtudes e nenhum dos seus defeitos.»
ELVIRA NAVARRO


Selva Almada nasceu em Entre Ríos, Argentina, em 1973.
Com uma obra traduzida em inúmeras línguas, recebeu rasgados elogios logo com o seu primeiro romance, El viento que arrasa (2012), considerado o melhor livro do ano no momento da publicação, e vencedor do First Book Award no Festival Internacional do Livro de Edimburgo, em 2019.
Ladrilleros (2013), o seu segundo romance, foi finalista do Prémio Tigre Juan (Espanha), e Raparigas Mortas (2014) foi finalista do Prémio Rodolfo Walsh, da Semana Negra de Gijón (Espanha), para a melhor obra de não ficção de género negro. É ainda autora do livro de poesia Mal de muñecas (2003) e dos livros de contos Niños (2005), Una chica de provincia (2007), El desapego es una manera de querernos (2015) e Los inocentes (2019).
Não é Um Rio (2020) foi distinguido com o Prémio IILA-Letteratura 2023 (Itália) e foi finalista do IV Prémio Bienal de Romance Mario Vargas Llosa (2021) e do Prémio Fundación Medifé Filba 2021 (Argentina), recebendo ainda uma menção especial no Prémio Nacional de Romance Sara Gallardo 2021 (Argentina).
Em 2024, foi finalista do Prémio Booker Internacional.

Literatura Traduzida
136 páginas
14,90 Euros
ISBN: 978-972-20-8471-0
1.ª Edição: Março 2025
Dom Quixote | Leya
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Teatro Villaret 31 Mar 2025  |  21h30

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