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Obras de Pomar, Gabriel Abrantes e Jota Mombaça entre as aquisições da Gulbenkian
Total de 62 obras, que incluem peças que intergraram a inauguração do CAM remodelado, engrossam acervo da fundação.

No total das obras estão quatro novos artistas, como é o caso de Diogo Nogueira, que passa a estar representado na coleção com a pintura de grandes dimensões Brincar com canoas e afogar cães, indica o site da Gulbenkian.
"A política de aquisições do CAM dá primazia, por um lado, à incorporação de obras de artistas que se relacionam com o programa artístico, apoiando a produção de novas obras e subsequente aquisição", indica a nota informativa, dando como exemplo a instalação em vídeo Bardo Loops, de Gabriel Abrantes, e a escultura que resultou da performance Sempre viva, cobra de água, de Jota Mombaça, que decorreu no dia de inauguração do CAM remodelado, em 20 de setembro.
Também passou a fazer parte da coleção do CAM a pintura Varina comendo melancia, de 1949, de Júlio Pomar (1926-2018), obra histórica de conteúdo neo-realista, uma das mais marcantes da pintura portuguesa criadas por este artista na década de 40 do século XX, a par de outras como O Almoço do Trolha, Menina com um Gato Morto ou O Cabouqueiro.
A exposição inaugural de Leonor Antunes do CAM, que ocupou a galeria principal, também permitiu, segundo a Gulbenkian, a aquisição da instalação suspensa Ana #1 e Ana#2, criada a partir de desenhos da artista Ana Hatherly (1929-2015), enquanto a escultura de Rui Chafes Tu nem sequer me vês foi incorporada após a exposição Rui Chafes e Alberto Giacometti. Gris, Vide, Cris.
A equipa do comité de aquisições, constituída por Afonso Dias Ramos, Filipa Oliveira, João Sousa Cardoso, Marta Mestre e Paula Nascimento, aprovou ainda a compra de duas obras de Cecília Costa, três desenhos de José de Almada Negreiros (1893-1970) e a doação de duas pinturas de Fernando Lemos (1926-2019).
Algumas das novas aquisições estão expostas no CAM, como a série de fotografias de Manuel Botelho presente em Linha de Maré. Coleção do CAM, e a peça em têxtil da Isabel Carvalho selecionada por Leonor Antunes para a exposição intitulada da desigualdade constante dos dias de leonor.
Outra das prioridades assinaladas pela Gulbenkian é a aquisição de obras de artistas portugueses a viver em Portugal ou a viver em países de língua portuguesa, e, nessa linha, surgem as aquisições de cinco obras do artista angolano Yonamine e de uma instalação da artista brasileira Irene Buarque, que se junta a outras das suas obras já presentes na coleção do CAM, como a pintura Tripoli.
Em 2024, este acervo recebeu ainda obras de Sobral Centeno, Moita Macedo, Alexandre Estrela e José Pedro Croft, bem como de Teresa Magalhães, Ilda David e Graça Morais. A Coleção de Arte do CAM conta atualmente com quase 12 mil obras de mais de 1300 artistas, segundo a Fundação Gulbenkian.
Fonte: LUSA | 11 de março de 2025