Publicações
A Minha Estante: a nova coleção de prestígio da Guerra e Paz
A Guerra e Paz editores tem uma nova coleção, A Minha Estante. É uma colecção cê-cê – ou seja, de conhecimento e combate –, que quer responder à mais comum interrogação de qualquer leitor curioso: «O que sei eu sobre esta matéria?»

Todos os livros da coleção serão de leitura breve e acessível – cerca de 120 páginas – e todos eles de autoria de especialistas reputados, historiadores, economistas, professores universitários, filósofos, cientistas ou sociólogos.
História do Japão, de Michel Vié, e As Guerras de Religião, de Nicholas Le Roux, abrem a coleção e chegam já às livrarias no dia 25 de fevereiro de 2025.
Começamos lá longe, do outro lado do mundo. História do Japão, de Michel Vié, é uma síntese acessível e abrangente que percorre os principais períodos da cronologia nipónica.
Ao contrário do que se possa pensar, a história do Japão é simples e calma – o que que muito se deverá à consciência histórica do seu povo: trata-se de um imaginário cujo eixo reside na unidade e na continuidade.
Assim, nesta história não encontramos invasões, migrações maciças ou fronteiras indefinidas; apesar das numerosas insurreições, não ocorreu no território nenhum acto revolucionário radical, o que nos permite pensar que as vicissitudes pelas quais o Japão passou constituíram apenas variantes da sua continuidade.
Mas que originalíssima dinâmica interna é a deste povo, que conseguiu manter a sua unidade desde a sua pré-história até à renovação Meiji? É a esta questão fundamental que Michel Vié responde neste breve e fascinante livro.
E hoje, quando as religiões e os seus fundamentalismos dominam o cenário geoestratégico mundial, vale a pena conhecer e lembrar as guerras religiosas que devastaram a Europa no século XVI. As Guerras de Religião, de Nicolas Le Roux, investiga um sangrento, complexo, mas também prolífico período de ideias políticas, bem como o seu decisivo contributo para o reforço do poder real francês e do advento da modernidade.
A mensagem luterana começou a difundir-se em França por volta de 1520. Seduzidos pelo apelo do monge de Wittenberg, inúmeros religiosos denunciavam as perversões de Roma – um abalo profundo para as imediações e a unidade da Igreja, que originaria uma crise política sem precedentes.
Durante quase 40 anos, a França viu-se mergulhada numa sucessão de conflitos, à semelhança da conflagração internacional que se desenrolava no resto Europa.
Da morte de Henrique II à assinatura do Édito de Nantes, Nicolas Le Roux revisita esta época de profundas convulsões, analisando a ascensão do protestantismo e as perturbações no ideal de unidade da vida social e do sistema monárquico – no qual o rei era o único chefe do corpo político –, bem como a sua importância para a modernidade.
História das Ciências, de Yves Gingras, que já se encontra em pré-venda, é o terceiro título de uma lista a que, nos próximos meses, se vão acrescentar mais quatro, a saber: História de Jerusalém, de Michaël Jasmin, História do Protestantismo, de Jean Baubérot, As Teorias da Conspiração, de Pierre-André Taguieff e Os Vikings, de Pierre Bauduin.
A Minha Estante passará a ser, juntamente com Os Livros Não se Rendem e os Atlas Históricos, uma colecção bandeira da Guerra e Paz editores na batalha pelo triunfo da Razão, da História, da Ciência e do Humanismo, contra o obscurantismo e o relativismo. Saber talvez seja um risco, mas, parafraseando Fernando Pessoa, não saber é não existir.