Publicações
Do estranho que sente habitar em si
Livros do Brasil publica "Eu?", o romance de estreia de Peter Flamm. Editada originalmente na Alemanha em 1926 e durante quase um século por reeditar, esta pérola literária da prosa expressionista chega agora a Portugal com tradução a partir do alemão de Sara Seruya.

O presente volume abarca ainda a conferência «Olhar para trás», proferida no congresso internacional do PEN em 1959 e na qual o autor, que se viu obrigado a fugir da Alemanha com a subida ao poder dos nazis, sublinha que nasceu judeu, mas sentia-se mais alemão do que muitos outros alemães. Falava alemão, escrevia alemão, sentia em alemão. E o resto é uma página negra da História.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 20 de fevereiro de 2025.
SOBRE O LIVRO
Eu?
Hans, um reputado cirurgião, regressa a casa, vindo dos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. A mulher, a mãe, os amigos e colegas de profissão acolhem-no de braços abertos e tratam-no com a esperada familiaridade. Mas ele sente-se outro e a verdade é que o cão lhe ladra como a um estranho. Será aquela realmente a sua casa, aquelas as suas gentes, aquele o seu corpo? Poderá ele ser culpado pelos atos cometidos por alguém que não é ele? Assombroso monólogo sobre a existência, este pequeno romance de Peter Flamm deixa no ar uma grande interrogação: posso continuar a considerar-me eu se as experiências vividas me transformaram? Publicado originalmente na Alemanha em 1926 e durante quase um século por reeditar, Eu? é uma pérola literária da prosa expressionista que chega agora a Portugal com tradução de Sara Seruya.
Ver primeiras páginas
CRÍTICAS
«... como um vinho tinto encorpado, profundamente concentrado. Permanece connosco durante muito tempo.»
Deutschlandfunk Kultur
SOBRE O AUTOR

Peter Flamm
Pseudónimo de Erich Mosse, nasceu em Berlim em 1891 e começou a publicar artigos e contos na imprensa quando era ainda aluno de Medicina. O seu romance de estreia, Eu?, lançado em 1926, surpreendeu o meio literário alemão e nos anos que se seguiram Flamm escreveu mais três livros. Judeu, viu-se forçado a deixar a Alemanha em 1933, mudando-se para Paris e depois para Nova Iorque, onde se fixou até à sua morte, em 1963. Distinguiu-se especialmente como psiquiatra e foi médico de figuras como Albert Einstein e Charlie Chaplin.