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Um grito que desperta na consciência
Assírio & Alvim publica "Sou Certamente Um Monstro", a poesia reunida de Jacques Prevel.
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Durante a sua vida, Jacques Prevel publicou apenas três opúsculos de poemas, impressos com grande dificuldade: Poemas Mortais (1945), Poemas para Toda a Memória (1947) e De Cólera e de Ódio (1950). Famoso companheiro de Antonin Artaud e testemunha dos seus últimos anos em Paris, Prevel enviara-lhe os poemas no asilo de Rodez, acolhendo-o depois em Paris no dia seguinte à sua libertação, em 1946. Este encontro marca profundamente a sua obra, aqui reunida sob o título Sou Certamente Um Monstro, (1857) que nos mostra um mundo infinito entre o sonho e o quotidiano, o nojo à sociedade e aos valores do século XX francês. Diogo Paiva assina a tradução e o prefácio do presente volume.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 20 de fevereiro de 2025.
Vives de negações e do mal que carregas
O teu olhar não passa de um sonho obscuro
É com esforço que deixas que passem os dias
Por entre a multidão não é a ti que cabe a escolha
E estes dias que são belos são dias cheios de mal
Falas e não tens nada a dizer a todos estes mortos.
SOBRE O LIVRO
Título: Sou Certamente Um Monstro
Autor: Jacques Prevel
Tradução e prefácio: Diogo Paiva
N.º de Páginas: 208
PVP: 17,75€
Coleção: documenta poética
SOBRE O AUTOR
Jacques Prevel
Foi um poeta francês, nascido a 27 de julho de 1915 em Bolbec. Largou Le Havre por Paris durante a ocupação nazi, na esperança de perseguir o seu sonho de escritor. Não tendo encontrado quem lhe editasse a obra, acabou por publicar ele mesmo as suas três coletâneas de poesia. O seu livro mais conhecido, publicado postumamente, é um comovente diário dos dias passados Em Companhia de Artaud (1974). Dessa amizade, que ia desde o respeito intelectual à partilha do ópio, é possível entrever a rede de poetas, editores, redatores de revistas literárias e amigos à deriva em Paris, entre 1930 e finais de 1940. Exausto pela tuberculose, morreu a 27 de maio de 1951.