Notícias
MUSEU ALBERTO SAMPAIO: ROTEIRO
No último trimestre do ano passado «nasceu» no Museu de Alberto Sampaio, um «menino» há muito ansiado – o roteiro das colecções do Museu (em português e em inglês). Desde há muito que se desejava a publicação do roteiro do Museu, sabendo-se como se sabe que o roteiro de um museu é uma pedra basilar para o seu conhecimento e divulgação.
Sabia que nasceu um novo «menino» no Museu de Alberto Sampaio?
Adquiria-o, vai gostar!
No último trimestre do ano passado «nasceu» no Museu de Alberto Sampaio, um «menino» há muito ansiado – o roteiro das colecções do Museu (em português e em inglês). Desde há muito que se desejava a publicação do roteiro do Museu, sabendo-se como se sabe que o roteiro de um museu é uma pedra basilar para o seu conhecimento e divulgação.
O roteiro do Museu de Alberto Sampaio foi entendido como uma pedra viva, um espaço para reencontro das colecções que compõem o museu, estejam ou não expostas.
Os textos integrados neste roteiro foram escritos por vários autores – Celina Bastos, Isabel Maria Fernandes, Manuela de Alcântara Santos, Mário Jorge Barroca, Natália Marinho Ferreira Alves, Rafael Salinas Calado, Teresa Alarcão, Vítor Serrão, e, por isso, correspondem a vários olhares sobre as colecções mais emblemáticas do Museu – a ourivesaria, a pintura, a talha, o têxtil, a cerâmica, o mobiliário, a epigrafia e a torêutica. Trata-se de uma visão panorâmica, de um despertar para outros olhares, para outras visões, para outros caminhos.
Com a publicação do seu roteiro o museu trilha um novo caminho, vai ter a lugares próximos e longínquos, levando no seu seio os condimentos necessários para que o leitor possa fruir e conhecer as peças que o museu possui. É simultaneamente um instrumento de deleite e de conhecimento.
Título: Museu de Alberto Sampaio: Roteiro
Edição: Instituto Português de Museus. Museu de Alberto Sampaio
Ano: 2005
Nº páginas: 208
Preço: 15,00 €
ISBN: 972-776-210-7
Disponível em: Português e Inglês
Para saber mais
Um museu que caminha, Isabel Maria Fernandes Facilmente associamos um museu a um local, um edifício e uma colecção. Não raro o nome de um museu traz-nos à memória uma peça de que gostamos, uma visita que fizemos com alguém que amamos, o encanto de uma descoberta que nos emocionou e se mantém viva na nossa memória.
Mas um museu não é apenas o espaço físico que um dia visitámos, o local emblemático restrito entre quatro paredes prenhes de objectos de elevado valor simbólico. Um museu é também memória, memória patrimonial e humana, espaço privilegiado para relacionamento com outros objectos espalhados por outras cidades, por outros países. Um museu situa-se fisicamente num determinado espaço, mas, permite a quem o visita caminhar para outros espaços, próximos ou longínquos, para outros objectos. Digamos que – utilizando uma linguagem comum nos nossos dias –, um museu é um espaço inter-relacional, um espaço de diálogo e de comunicação, um caminho para conhecer e comparar os conteúdos (os objectos) de um museu com os conteúdos (os objectos) de outros espaços de cultura.
Se concordarmos em aceitar um museu como um espaço inter-relacional (entre objectos e entre culturas) é fácil compreender a importância de um roteiro de museu. O roteiro chega onde o museu não chega. Um roteiro permite que, bem longe do espaço físico onde este e a sua colecção se situam, haja quem possa reconhecer factores identitários entre as peças desse museu e outras peças existentes noutros locais, em outras realidades sociais e culturais.
Um roteiro faz o museu caminhar ao encontro de quem está longe mas gosta de conhecer, de saber mais. Um roteiro pode (e deve) despertar a vontade (dos que ainda não conhecem o museu) de ir até ele, de visitá-lo. Um roteiro de museu ultrapassa fronteiras, chega aos lugares mais inesperados e, com ele, e por causa dele, o museu chega longe. Muito longe.
Mas, um roteiro de museu responde também ao desejo daqueles que o frequentam e que dele querem levar um pouco da sua alma e o conhecimento das peças que tiveram o deleite de observar “in loco”, de admirar no seu esplendor e dimensionalidade, transportando-as do modo que podem, ou seja, contidas em palavras e em imagens, enfim, em roteiro...
Pelo que atrás se aduz quer-nos parecer que um roteiro de museu deve ser mais do que um guia, do que um simples arrolar de peças que vão convivendo com outras peças em espaços previamente definidos. Mais do que um guia, o roteiro de um museu deve dar a conhecer as colecções de um museu (as que estão expostas e as que estão em Reservas mas que um dia poderão ser expostas), permitindo a quem o lê ficar a conhecer o que esse museu contém, de que memórias é feito. O roteiro de um museu deve ser bem ilustrado, permitindo estabelecer relações com outros objectos, de outras paragens, inter-relacionados na memória visual de cada um dos leitores que o compulsa.
Foi tendo como base estas premissas que se elaborou o roteiro do Museu Alberto Sampaio. Não se trata de um guia dirigindo o visitante pelas salas em que o museu se decompõe, não se trata de um guia contendo apenas as peças expostas.
O roteiro do Museu de Alberto Sampaio foi entendido como uma pedra viva, um espaço para reencontro das colecções que compõem o museu, estejam ou não expostas. Os textos integrados neste roteiro foram escritos por vários autores, correspondem a vários olhares sobre as colecções mais emblemáticas do Museu – a ourivesaria, a pintura, a talha, o têxtil, a cerâmica, o mobiliário, a epigrafia e a torêutica. Trata-se de uma visão panorâmica, de um despertar para outros olhares, para outras visões, para outros caminhos. E, como de olhar se trata, vai o roteiro ilustrado com algumas das peças mais emblemáticas da colecção. Nem textos nem imagens pretendem abarcar toda a colecção. Há caminhos que não foram trilhados – a heráldica, a azulejaria, os vidros. São pequenas colecções que aguardarão outra forma de estudo e de divulgação.
Mas um museu – tal como um homem –, tem história, tem data de nascimento, tem percurso de vida, tem bons e maus momentos. Da vida deste museu dão conta os dois textos iniciais – um versa a história do Museu, o outro as colecções.
Dito isto, explicado o sentido deste roteiro, só nos resta lançá-lo nas mãos do visitante, entregar-lhe um pouco da memória desta casa e a posse, para deleite futuro, das peças que o compõem e o engrandecem.
Com a publicação do seu roteiro o Museu de Alberto Sampaio trilha um novo caminho, vai ter a lugares próximos e longínquos, levando no seu seio os condimentos necessários para que o leitor possa fruir e conhecer as peças que o museu possui. É simultaneamente um instrumento de deleite e de conhecimento.
Índice do roteiro
0. Prefácio: um museu que caminha, Isabel Maria Fernandes
01. Um Museu com História, Manuela de Alcântara Santos
02. As Colecções, Manuela de Alcântara Santos
03. Ourivesaria, Manuela de Alcântara Santos
04. Pintura, Vítor Serrão
05. Escultura, Mário Jorge Barroca
06. Talha e Escultura dos séculos XVII e XVIII, Natália Marinho Ferreira Alves
07. Têxteis, Teresa Alarcão
08. Cerâmica, Rafael Salinas Calado
09. Mobiliário, Celina Bastos
10. Epigrafia, Mário Jorge Barroca
11. Torêutica, Mário Jorge Barroca
Vocabulário
Bibliografia