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Vencedor do Grande Prémio do Conto da APE está de regresso à narrativa curta
Manuel Jorge Marmelo publica, em edição de autor, "Um tão brando amor", reunindo seis novos contos.
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Mais por sorte do que por virtude própria, vivi serenamente até aos quarenta anos e procurei ser tão pacato quanto me fosse possível. Não sou hipócrita ao ponto de negar algumas falhas de carácter, a prática de pequenas perversões sem consequências para terceiros ou o pecado da indolência, mas tenho sido, no essencial, um cidadão equilibrado e inofensivo, incapaz de imaginar que me havia de converter, com esta idade, num biltre acossado pelos piores impulsos e pelo distúrbio dos maus sentimentos.
Assim começa o conto Um tão brando amor, que dá título à nova coletânea de contos de Manuel Jorge Marmelo, agora disponível na plataforma de print-on-demand da Amazon.
Um tão brando amor assinala, assim, o regresso do vencedor do Grande Prémio do Conto da APE de 2005 à ficção curta (ou não tão curta quanto isso), com seis novas histórias, quatro das quais totalmente inéditas. Entre a ironia, a alegoria e a pura imaginação, Um tão brando amor consolida o muito peculiar universo literário do autor que em 2014 venceu também o Grande Prémio Casino da Póvoa/Correntes d'Escrita. O livro está disponível numa versão em papel, de capa dura, e também em formato e-book.
Manuel Jorge Marmelo, recorde-se, tem perto de três dezenas de títulos publicados, alguns dos quais foram traduzidos em Espanha, na Itália e na Alemanha.
Sobre o autor
Manuel Jorge Marmelo nasceu e vive na cidade do Porto.
Estreou-se na Literatura em 1996 com o livro O homem que julgou morrer de amor/O casal virtual, objeto de uma reedição revista em 2006.
Autor de romances, novelas, crónicas, teatro, contos e livros infantis, conquistou em 2005 o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com a coletânea O Silêncio de um Homem Só; e, em 2014, o Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas com o romance Uma Mentira Mil Vezes Repetida, publicado em 2011.
O romance O Tempo Morto É Um Bom Lugar , de 2014, foi um dos três finalistas do Livro do Ano da Time Out Lisboa.
Traduzido na Alemanha, em Espanha e em Itália, Manuel Jorge Marmelo participou também em inúmeras coletâneas em Portugal, Espanha, Brasil, México, França ou Itália, destacando-se a presença do conto “O Silêncio de um Homem Só” no livro Best European Fiction 2015, da Dalkey Archive Press.
Em 2003 publicou o seu primeiro livro infantil, A Menina Gigante, escrito em parceria com a sua filha, Maria Miguel Marmelo, o qual integrou a lista de obras sugeridas pelo Plano Nacional de Leitura. Ao longo dos anos, o Plano Nacional de Leitura incluiu outras obras do autor, como os romances Somos Todos Um Bocado Ciganos, de 2012, e Macaco Infinito, de 2016.
Em 2020 publicou o romance Tropel e, em 2022, A Última Curva do Caminho.
Após a falência da editora Campo das Letras e da decisão unilateral da Quetzal Editores de destruir todos os livros do autor existentes em armazém, a sua obra passou a estar quase totalmente indisponível.
Em 2024 publicou, em edição de autor, o seu primeiro livro de poesia, Suporte Básico de Vida, disponível apenas na plataforma de print-on-demand da Amazon.