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Quase Nicolau lançam primeiro single "O que for" de novo disco

“O Que For” é o regresso dos Quase Nicolau. De tanto de novo que traz e prenuncia, talvez se lhe possa chamar um recomeço. 

© Diana Matias

Os cinco amigos que dão pelo nome de Quase Nicolau – Francisco, Gonçalo, Melo, Nuno e Zé – juntaram-se pela vontade de compor e cantar canções em português e harmonia, vindos tanto da formação clássica e em jazz como do folk, rock e blues aprendidos por casa. Ao fim de um ano e meio, estrearam-se com Alvorada (2021), um conjunto de cinco canções da noite ao dia, feito sob a tutela do renomado José Moz Carrapa (António Variações, Rui Veloso, ZARCO). A Alvorada valeu à banda várias distinções, entre as quais a seleção, por concurso aberto, para o Festival Emergente 2021 e a chegada do tema “Pouco, Tanto” ao pódio dos FNAC Novos Talentos 2022. Depois de passagens por palcos como a Casa do Capitão e o Centro Cultural da Malaposta, o ciclo da Alvorada terminou em grande, com concertos no Festival FNAC Live 2023 e no Festival Paredes de Coura 2023.

Começava então a feitura do primeiro álbum de longa duração. De junho de 2023 a abril de 2024, a banda reuniu com o produtor João Correia (Tape Junk, Lena d’Água, Benjamim, Bruno Pernadas) para trabalhar onze canções que há muito vinham sendo escritas como partes de um todo. Foi um processo que, atravessando todas as estações do ano, trouxe a descoberta de um novo som, ao cruzar os arranjos corais e timbres acústicos e elétricos da Alvorada com samples e manipulações eletrónicas, bem como com participações do pianista Vasco Robert e do saxofonista João Capinha. Sobre os instrumentos estão canções ainda mais urgentes e íntimas do que antes, entre as quais se contam tanto os mais imponentes momentos da discografia da banda como os seus mais singelos.

Tudo recomeça agora, com “O Que For”. Penúltimo tema do disco que integra e antecipa, é uma canção de aceitação e afirmação da própria vida sem esquecer as suas dicotomias. Aqui, as metáforas e imagens ternas da natureza são cantadas pelos coros resplandecentes em que os Quase Nicolau encontram muita da alegria de fazer música, rodeados por ondas instrumentais sempre em mudança, das guitarras em afinações invulgares e violas amarantinas ao piano manipulado até ser outro instrumento.

A música vem acompanhada por um teledisco realizado pela banda – três elementos da qual se formaram em cinema – e filmado pelo diretor de fotografia Martim Varela (Prisma, Santiago) num único dia à beira do Verão na cidade de Lisboa.

Seguir-se-ão vários singles até ao lançamento do disco na Primavera de 2025.

 

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