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Carlos Monteiro Ferreira distinguido em Angola com o Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024

Carlos Monteiro Ferreira acaba de receber, na categoria de Literatura, o Prémio Nacional de Cultura e Artes 2024 – o mais importante galardão angolano para a promoção da criação artística e cultural e a investigação científica no domínio das ciências humanas e sociais.

O co-organizador de Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: a Flor – belíssima e monumental antologia de poesia angolana, que Carlos Ferreira trabalhou com Irene Guerra Marques, e que a Guerra e Paz, beneficiando do mecenato do dstgroup, publicou em 2021 – e autor da poesia viva e sensível de Meaidade – editado pela nossa casa editorial no mesmo ano – foi distinguido «pelo facto de o seu projeto artístico enlaçar poética e outras esferas da cultura, forjando a relação entre literatura e jornalismo, construindo, assim, um espaço de investigação histórica, tal como da arte pela educação e educação pela arte».

«É um orgulho contar no nosso acervo com o Cassé como autor. A poesia dele é vibrante, combativa, frontal e nostálgica: tem a nostalgia da liberdade e da amizade autêntica» afirmou Manuel S. Fonseca, o editor da Guerra e Paz.

Criado em 2000 e promovido pelo Ministério da Cultura da República de Angola como expressão de reconhecimento da excelência e valorização do trabalho criativo e da investigação, o Prémio Nacional de Cultura e Artes distingue artistas, investigadores e outros especialistas nos domínios da Literatura, das Artes Visuais e Plásticas, do Teatro, da Dança, da Música, do Cinema e Audiovisual e das Ciências Humanas e Sociais.

Carlos Monteiro Ferreira (Cassé) 
Carlos Monteiro Ferreira nasceu em 1960 em Luanda, Angola. Foi Diretor de Programas da Rádio Nacional e dirigiu o semanário Novo Jornal. Foi ainda correspondente do Diário de Notícias e da Seara Nova e assessor de imprensa da Presidência da República de Angola. Poeta, letrista, cronista e radialista cujo trabalho dilui as fronteiras entre a literatura e outras artes, é uma figura influente no jornalismo angolano.

Com várias antologias e uma compilação de textos sobre a cultura angolana publicadas, tem mais de uma dezena de prémios atribuídos a letras de canções.

«Tomou o domínio da literatura como lugar de experimentação, onde aspetos ligados ao brigadismo literário, à criação poética e à escrita de letras de música diluem as fronteiras entre a literatura e outras artes. Uniu todos esses domínios a uma oficina séria, onde se pode verificar tenacidade ao abordar o mundo que circulava nas práticas e nas representações de um país acabado de nascer.»

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