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Paula Morelenbaum regressa a Portugal com "pérolas" da música brasileira

Penafiel, São João da Madeira e o CCB recebem Paula Morelenbaum Bossarenova Trio em concerto. A cantora brasileira vem cantar “Atlântico”, o disco cuja digressão ficou parada pela pandemia.

Foto S.Thalemann

Há muito que Paula Morelenbaum queria trazer a Portugal o seu mais recente trabalho. “Atlântico” é o disco que lançou nos finais de 2020, mas que ficou por apresentar ao público devido à pandemia.

O álbum que assina em conjunto com dois músicos alemães oferece ao ouvinte muitos clássicos, ou “pérolas da música brasileira” como lhe chama Paula Morelenbaum, mas com uma nova roupagem.

O Bossarenova Trio, que criou com o pianista e arranjador Ralf Schmid e o trompetista Joo Kraus, reúne nas palavras da cantora “muitas coisas mais antigas, mas sempre com um arranjo diferente, uma coisa mais moderna”.

“A gente transforma bastante as canções que são pérolas da música popular brasileira, para uma visão mais atual. Transformamos um pouco a música com a nossa respiração!” explica.

Para Paula Morelenbaum “toda a arte está ali para ser vivida e revivida” e na sua opinião, “estas músicas têm que ser tocadas de novo, porque se não, um dia as pessoas não vão mais saber que elas existem”.

De Tom Jobim, a Caetano Veloso, passando por Ivan Lins ou Edu Lobo, o reportório dos concertos vai percorrer um pouco de tudo. Em Penafiel o concerto será na sexta-feira no espaço Ponto C, às 22h30; depois no sábado será na Casa da Criatividade em São João da Madeira às 21h30 e no domingo, no concerto já esgotado, será no Centro Cultural de Belém, às 17h.

“Há muito tempo que a gente quer trazer esse disco para cá”, diz Paula Morelenbaum em entrevista ao Ensaio Geral, da Renascença. “É um prazer imenso sempre vir a Portugal e cantar aqui e mostrar a música brasileira”, afirma.

“É um repertório bem mesclado com, não só Bossa Nova, mas outros compositores que vieram depois como Edu lobo, Caetano Veloso, Egberto Gismonti, Ivan Lins. São compositores de uma outra geração, pós Bossa Nova que seguraram o bastão”.

Paula Morelenbaum que trabalhou durante uma década com Tom Jobim, o “grande compositor da geração dele” diz que também irá homenageá-lo, porque remata: “A Bossa Nova é uma loucura. É uma música que o mundo inteiro ama. Onde eu vou cantar, as pessoas adoram e eu fico muito emocionada com isso”.

 


por Maria João Costa in Renascença | 6 de novembro de 2024
Notícia no âmbito da parceira Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença

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