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Que Salazar nos mostram os seus discursos, entrevistas, confissões e desabafos íntimos?
Com uma estrutura inédita, Salazar, As Citações reúne, cronologicamente, as palavras do ditador desde a juventude até à morte.
Os leitores de Salazar, As Citações descobrirão, seguindo a linha do tempo, como o pensamento de Salazar evolui, desde 1926 até 1970, podendo avaliar o que há de unidade e nalguns casos mesmo imobilismo, mas também o que há de mudança e nalguns casos mesmo contradição, no percurso do homem e do político.
Veja-se a primeira amargura, quando aos 10 anos soube que, no exame oral, tinha tido 18 valores, depois de ter tido 10 no exame escrito inicial: «Eu podia ficar distinto.» E compare-se agora com a última das amarguras: «Não, não lhe digo nada não quero que ele pense que eu estou agarrado ao poder e aos negócios do Estado. Mas correram comigo brutalmente. Aproveitaram-se da doença para se afastarem de mim... isso não é bonito isso não se faz.» Resposta à sugestão de dona Maria para que se queixe ao Presidente da República, Américo Tomás.
Retiradas pelo organizador dos discursos, entrevistas, confissões e desabafos íntimos, estas citações mostram-nos que Salazar foi pródigo nas palavras: falou com abundância e exuberância. Escreveu cuidadosamente, para o futuro e para o mito, discursos políticos, sociais, ideológicos e económicos. Revelou, em entrevistas rigorosamente controladas, um calculado «lado humano». Uma ou outra vez, escapou-lhe o fundo íntimo, sobretudo nos momentos de fragilidade para que a velhice e a doença o empurraram. «No dia em que eu abandonar o poder, quem voltar os meus bolsos do avesso, só encontrará pó».
O livro também estará disponível no site da editora, onde se encontra, desde já, em pré-venda que inclui a oferta de postal exclusivo do ilustrador de Nuno Saraiva.
Salazar, A Citações
Organização e texto: Manuel S. Fonseca
Não-Ficção / História, Cultura e religião
192 páginas · 15x23 · 16,00 €