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"Todo este livro é um riso que peleja"
Mais de vinte anos volvidos sobre a anterior edição na Livros do Brasil, Uma Campanha Alegre, de Eça de Queiroz, volta a estar disponível no seu catálogo. Um retrato satírico do Portugal do século XIX, que atira farpas à corrupção do Governo, à hipocrisia da igreja e à injustiça social.
Reúnem-se neste volume as páginas escritas por Eça de Queiroz entre maio de 1871 e outubro de 1872 para As Farpas, publicação satírica mantida em conjunto com Ramalho Ortigão. Quando da sua primeira compilação, vinte anos após a escrita, Eça deu-lhe o título de Uma Campanha Alegre e justificou desta forma a sua escolha: «Todo este livro é um riso que peleja. Que peleja por aquilo que eu supunha a Razão. Que peleja contra aquilo que eu supunha a Tolice.» Retrato da sociedade e da cultura portuguesas da época, estas são notas de um observador exímio e de um escritor com um dom singular para a ironia.
O livro já se encontra disponível online e nas livrarias.
SOBRE O LIVRO
Uma Campanha Alegre
Título: Uma Campanha Alegre
Autor: Eça de Queiroz
Páginas: 448
PVP: 15,50€
Coleção: Obras de Eça de Queiroz
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SOBRE O AUTOR
Eça de Queiroz
Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária. Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa. Em 1872, iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.