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Tristana: o tesouro literário de Pérez Galdós
O apogeu do périplo literário de Benito Pérez Galdós, considerado o maior romancista espanhol desde Miguel de Cervantes, Tristana é, segundo o escritor Juan Vidal, um romance «uma história de inteligência e riqueza emocional comparável às obras de Charles Dickens e Gustave Flaubert», sendo por isso, «um tesouro que não pode ser ignorado».
Publicado em Janeiro de 1892, Tristana conta-nos, numa prosa sofisticada e envolvente, a história de Don Lope, um Don Juan envelhecido, mas também generoso, que assume gentilmente a responsabilidade pela filha órfã de um amigo endividado: a bela Tristana. Acolhendo-a em sua casa, em pouco tempo, Don Lope subjuga-a à sua libidinosa vontade, pelo menos até Tristana conhecer o belo e jovem pintor Horacio e começar a revelar os seus tremendos talentos.
Desafiando abertamente todas as convenções da época e da sua posição, Tristana não quer nem ser amante nem esposa, almejando a independência. Nesta longa e cruelmente lenta cerimónia de destruição daqueles que procuram insurgir-se contra os ditames político-sociais, Galdós oferece-nos simultaneamente um reflexo da pequena burguesia madrilena da segunda metade do século XIX e uma perspicaz análise psicológica da condição humana. Poderá Tristana alcançar tudo aquilo que deseja? «Eram felizes, um e o outro?… Talvez.»
Uma edição incluída na reconhecida colecção de clássicos da Guerra e Paz, Tristana chega à rede livreira nacional, com tradução e nota introdutória de Pedro Ventura e ainda dois textos de Ramón del Valle-Inclán e Emilia Pardo Bazán.
Tristana
Benito Pérez Galdós
Ficção /Clássicos
192 páginas · 15x23 · 15,00 €