"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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"Mesmo não Indo, o Tempo Vai"

Um conjunto de pequenas histórias que vem demonstrar que António Tavares – Prémio LeYa em 2015 – tem igual talento para a ficção mais curta.

Um homem que vive com um relâmpago dentro dele; uma avó com sangue de galinha; uma rapariga que engraxa esculturas de elefantes africanos de madeira e se surpreende quando o sexo deles muda de tamanho; um manicómio que recorre a métodos pouco ortodoxos para recuperar um doente que fugiu; umas botas militares que mudam inesperadamente de pés; um canário numa gaiola pendurada na varanda de um prédio que irrita sobremaneira um vizinho.

Estas são apenas algumas das personagens deste delicioso Mesmo não Indo, o Tempo Vai, um conjunto de histórias admiráveis que decorrem em vários tempos e geografias e que ora nos oferecem magia e surrealismo, ora combinam humor com tragédia ou delicadeza com violência.

«O romance de estreia de António Tavares anuncia um autor raro no campo da filosofia da construção romanesca, privilegiando menos o realismo (teoria hoje dominante no romance português) e mais uma visão estética na composição da narrativa.»
Miguel Real sobre As Palavras que me Deverão Guiar um Dia

«António Tavares leva-nos a mergulhar numa cosmovisão de encantadora e encantatória simplicidade que espelha uma realidade vivencial abalada pela descoberta de novas formas de vida e sobretudo pela conquista nacional da liberdade que chegou com a revolução dos cravos.»
Agripina Carriço Vieira sobre O Coro dos Defuntos

«E fica, terminada a leitura (que não dá tréguas, previna-se), um delicioso perfume de época, capaz de nos criar nostalgias e saudades de momentos que não vivemos. Mas não é isso mesmo a literatura?»
João Gobern sobre Todos os Dias Morrem Deuses

«É evidente a capacidade de composição narrativa de António Tavares e a versatilidade da sua escrita.»
José Riço Direitinho sobre Homens de Pó 


António Tavares nasceu no Lobito em 1960.
Foi jornalista e autarca e atualmente é professor.
Escreveu peças de teatro e ensaios.
Como romancista, foi finalista do Prémio LeYa e do Prémio Literário Fernando Namora com As Palavras Que Me Deverão Guiar Um Dia, publicado pela Teorema em 2014, venceu o Prémio LeYa em 2015 com O Coro dos Defuntos e o seu romance Todos os Dias Morrem Deuses (2017) recebeu uma menção honrosa no Prémio Literário Alves Redol. Idêntica menção recebeu pelo conto «O Homem que Caminha» no Prémio Dias de Melo.
Estreou-se na poesia com A Arte de Usar a Baioneta em Tempo de Guerra (Húmus, 2023).
Antes da presente colectânea publicou ainda o romance Homens de Pó (2019). 

Literatura Lusófona
184 páginas
14,90 Euros
ISBN: 978-972-20-8289-1
1.ª Edição: Julho 2024
Leya | Dom Quixote
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