"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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"Os Rostos"

Depois do aclamado A Trilogia de Copenhaga, que a Dom Quixote publicou em 2022, eis um romance inquietante sobre uma mulher à beira do abismo, escrito com o fulgor e a franqueza da experiência vivida.

Copenhaga, 1968. Lise, uma escritora de livros infantis e mãe de três filhos, casada, vê a sua vida quotidiana a esvair-se. É cada vez mais assombrada por rostos e vozes sem corpo. Além disso, está convencida de que o seu marido, extravagantemente infiel, a vai deixar. Mas, acima de tudo, tem medo de não voltar a escrever. No entanto, à medida que mergulha num mundo de comprimidos e hospitais, começa a interrogar-se: será a loucura algo que realmente se deva temer, ou será que traz uma espécie de liberdade?

Em Os Rostos, Tove Ditlevsen reflete sobre casamento e divórcio, amor e loucura, medo, ternura e maldade, utilizando magistralmente os meios literários para tornar tangíveis as mudanças na perceção de uma mulher.

Tendo-se inspirado no seu quarto e último casamento, com a sua escrita sensível, sofisticada e de uma integridade e ironia corajosas, Ditlevsen consegue transformar em arte as experiências da vida pessoal. É por isso vista como uma precursora de escritores confessionais como Karl Ove Knausgård, Annie Ernaux, Rachel Cusk e Deborah Levy.

«Uma escritora monumental.»
Patti Smith

«O momento para este livro é agora.»
The Guardian

«De uma intensidade e de uma beleza de cortar a respiração.»
Elke Heidenreich


Tove Ditlevsen é uma das vozes mais originais e importantes da literatura dinamarquesa. Nasceu em Copenhaga, em 1917, num bairro de classe trabalhadora.

Começou a escrever aos dez anos e publicou mais de vinte livros, que vão do romance ao conto, passando pela poesia e pelo género autobiográfico.

Recebeu os prémios mais importantes das letras dinamarquesas, como o Tagea Brandt Rejselegat, em 1953, e o De Gyldne Laurbær, em 1956.

Desde cedo, Ditlevsen teve de lidar com a tensão entre a sua vocação de escritora e os seus papéis de filha, esposa e mãe, bem como com a sua condição de viciada – temas centrais da sua obra –, o que a levou a escrever sobre a experiência e a identidade feminina de uma maneira muito à frente do seu tempo e ainda pertinente para as discussões atuais em torno do feminismo.

Com uma vida difícil marcada por vários divórcios e problemas de saúde mental, Tove Ditlevsen acabaria por se suicidar em 1976, aos 58 anos. 

Literatura Traduzida
176 páginas
15,50 Euros
ISBN: 978-972-20-8238-9
1.ª Edição: Julho 2024
Dom Quixote

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