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Quatro novos espaços no Museu dos Biscaínhos

Novos espaços no Museu dos Biscaínhos para a comemoração dos 10 anos de existência do programa de dança contemporânea Salvo Conduto.

Na comemoração dos 10 anos de existência do programa de dança contemporânea Salvo Conduto (1995/2005), a realizar-se no Museu dos Biscainhos entre 5 e 11 de Setembro de 2005, a instituição museológica abriu quatro novos espaços ao público que também serão explorados artisticamente nos espectáculos a apresentar nos próximos dias 10 (21.30 h) e 11 (16.00 h). Com este importante aumento da exposição permanente, o Museu dos Biscainhos reconstitui toda a dimensão original e leitura arquitectónica da cozinha no século XVIII assim como apresenta os «Aposentos» (quartos de dormir) numa ala do palácio com interessantíssima decoração em estilo Império, nunca antes aberta ao grande público. Nesses espaços, observam-se pinturas parietais com motivos de águias, abelhas, coroas de louros e, num dos tectos, uma reserva central com uma representação pictórica de Neptuno e Anfitrite.

No Antigo Regime, os aposentos das famílias nobres serviam de quartos de dormir, de vestir e de local para a higiene corporal, não existindo ainda compartimentos exclusivos para este fim. Frequentemente eram espaços austeros na sua decoração e, desta forma, devem ser avaliados como de grande riqueza ornamental (património imóvel e móvel) os que são mostrados pelo Museu dos Biscainhos. A palavra cama significava o conjunto variável de têxteis (nacionais, europeus e orientais, nomeadamente linhos e sedas) que assentavam no leito, ou ainda sobre estrados e mesmo em esteiras.

Os leitos podiam receber um dossel para preservar o conforto e a intimidade do seu ocupante. Entre outros objectos, os visitantes podem observar um cofre guarda-jóias em tartaruga e prata do século XVII, duas colchas de Castelo Branco (em linho e seda), duas bacias de barbear e um raro frasco de «água de cheiro» (perfume), em vidro, tudo do século XVIII. No mobiliário exposto, destaca-se uma magnífica arca em madeira, do século XVII, generoso depósito do Senhor D. Gonçalo de Vasconcelos e Sousa (Castelo-Melhor). Com a abertura destes espaços, o Museu dos Biscainhos concluiu a remontagem da sua exposição permanente que será documentada com a edição do novo roteiro a publicar ainda este ano. Para além destes atractivos para revisitar a instituição, está patente no Salão Nobre a exposição temporária «O leque: elo de civilizações: a colecção do Museu dos Biscainhos».
 
 

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