Situando o evento revolucionário no contexto da história mundial e colonial, os especialistas franceses em História Moderna, Pierre-Yves Beaurepaire e Silvia Marzagalli, analisam no Atlas da Revolução Francesa, o decénio revolucionário, de 1770 até à França napoleónica, apoiados por mais de 120 mapas e infografias, assinados pelo cartógrafo Guillaume Balavoine, que nos permitem reconstituir a Revolução, plural e polifónica, em toda a sua intensidade. 

A Revolução não começou na Primavera de 1789, mas, sim, num processo bastante amplo cujos eventos desse ano foram apenas uma fase de aceleração. É esta a perspectiva que os historiadores Pierre-Yves Beaurepaire e Silvia Marzagalli defendem no Atlas da Revolução Francesa que agora se apresenta em Portugal numa tradução de Joana Baudouin. Ao longo do livro, os autores tentam, constantemente, perspectivar o acontecimento revolucionário como um projecto revolucionário de reconstrução da nação e das suas instituições que se confronta com contingências sociais, económicas, militares, diplomáticas e territoriais.

Munidos de mapas cujas «escalas de observação conduzirão o leitor a descobrir em cada parte o processo revolucionário em acção nas colónias, na província, na esfera educativa», os especialistas em História Moderna analisam quatro pontos chave, desde o período que antecedeu os acontecimentos de 1789 até à França de Bonaparte. No primeiro, são-nos expostas as questões em torno da circulação de pessoas, ideias e mercadorias, no Atlântico Norte no século XVIII, e a crise financeira e social.

Segue-se depois um quadro de análise da crise do Antigo Regime à sua ruptura e ao fracasso da monarquia constitucional (1789 a 1791) e um outro (de 1792 e 1799) que reconstitui o quadro da guerra, das divisões e cisões, e da radicalização revolucionária. Terminam os autores com a França de Bonaparte, cuja autoridade não pôs em causa todas as conquistas da Revolução.

O Atlas da Revolução Francesa chega às livrarias de todo o país no dia 2 de julho de 2024, numa edição Guerra e Paz que se encontra, desde já, disponível, em pré-venda, no site oficial da editora. Este é o décimo quinto livro de uma colecção aclamada pelos leitores, pela crítica e pelo Plano Nacional de Leitura, que foi iniciada pela Guerra e Paz com a publicação do Atlas Histórico de África, a que se seguiram o Atlas do Império Romano, o Atlas Histórico do Médio Oriente, o Atlas Histórico dos Estados Unidos da América, o Atlas do Holocausto, o Atlas do Antigo Egipto, o Atlas da Guerra Fria, o Atlas Mundial da Água, o Atlas Histórico do Mediterrâneo, o Atlas da Primeira Guerra Mundial, o Atlas das Fronteiras, o Atlas Histórico da Escrita, o Atlas Estratégico e o Atlas do Médio Oriente – As Raízes da Violência.

Atlas da Revolução Francesa
Texto: Pierre-Yves Beaurepaire e Silvia Marzagalli
Cartografia: Guillaume Balavoine
Não-Ficção / História
152 páginas · 16,8x24,3 · 20,00€