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"Não há Pássaros Aqui"

Num tempo em que a saúde mental é um problema à escala global, este é um romance de estreia profundamente atual que venceu o Prémio LeYa em 2023.

Ana recebe um telefonema de uma vizinha da mãe informando que Andrea desapareceu na sequência de uma série de escândalos no bairro, entre os quais o suposto sequestro de uma criança. Apesar de ter jurado a si mesma que não voltaria à casa da mulher que lhe infligiu todo o tipo de violência, Ana não consegue ficar indiferente à situação; e o que encontra no apartamento é bastante intrigante: lixo por toda a parte, pegadas de lama, móveis destruídos, garrafas vazias amontoadas no caixote.

Enquanto se interroga sobre o que terá sido a vida de Andrea desde o dramático acontecimento que marcou as duas para sempre, Ana empreende uma dolorosa viagem às memórias da infância, que incluem não só uma mãe desequilibrada e alcoólica que tem um relacionamento conturbado com um homem perigoso, mas também um rapaz frágil que a faz cúmplice dos seus traumas e, por via das afinidades, se torna o seu único amigo. E, apesar de não se verem há muitos anos e de Ana o ter desiludido, é justamente a este amigo que resolve agora pedir ajuda.

Com personagens inesquecíveis e desconcertantes, Não Há Pássaros Aqui é uma reflexão madura sobre o modo como aquilo que vivemos na infância determina a nossa vida adulta e como tendemos a reproduzir comportamentos a que assistimos, mesmo quando friamente os condenamos.

Da Declaração do Júri do Prémio LeYa 2023:
«O Júri começa por sublinhar a coerência da escrita correntia, tão adequada à inserção de uma história invulgar de grande violência e de segredos escondidos na aparente banalidade do quotidiano.
Mas não valoriza menos o acerto da análise psicológica, tanto no resgate da memória da infância, quanto perante os acontecimentos mais brutais das relações familiares (em particular entre filha e mãe).
Na escrita orgânica deste romance está sempre presente a materialidade do corpo e as diferentes formas de o dizer e de o ferir, ao mesmo tempo que os mistérios se vão desvendando com a mesma força com que no fim a pintura reveladora, mas dilacerante, tem de ser destruída.»

Manuel Alegre
Ana Paula Tavares
Isabel Lucas
Josélia Aguiar
José Carlos Seabra Pereira
Lourenço do Rosário
Nuno Júdice


Victor Vidal
nasceu no Rio de Janeiro, Brasil.
É historiador da arte e doutor em Estudos Críticos das Artes.
Publicou diversos textos sobre arte japonesa e trabalhou no setor educativo de museus e centros culturais.
A atividade literária sempre esteve presente na sua trajetória, mas levou algum tempo até desenvolver algo que considerasse importante ou maduro o suficiente para mostrar a outras pessoas.
Começou a trabalhar em Não Há Pássaros Aqui enquanto ainda estava na carreira docente, a partir de uma ideia que teve após conhecer a casa em que Anne Frank se escondeu com a família durante a Segunda Guerra Mundial. O local instigou-o a pensar sobre traumas de infância e esconderijos.
Relações entre pais e filhos, solidão e trauma são temas que o interessam e fazem parte da sua produção literária. 

Literatura Lusófona
248 páginas
16,60 Euros
ISBN: 978-989-58-1078-9
1.ª Edição: Junho 2024
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