A atividade oficinas criativas “AMAM – Rede de Apoio a Migrantes no Alto Minho” foi distinguida a nível nacional pela excelência na promoção da melhoria das condições de acesso à participação cultural nacional.

Os Prémios Acesso Cultura, que assinalam este ano uma década de existência e que passaram a ter o nome da bailarina Mickaella Dantas (1989-2024), pretendem distinguir, divulgar e promover projetos e entidades que se diferenciam pelo desenvolvimento de políticas exemplares e de boas práticas na promoção da melhoria das condições de acesso – física, social e intelectual – à participação cultural em Portugal.

No total foram apresentadas 30 candidaturas e atribuídos cinco prémios e 3 menções honrosas, tendo sido concedida à FBAC uma menção honrosa pela iniciativa oficinas criativas “AMAM – Rede de Apoio a Migrantes no Alto Minho” que consistiu na dinamização de ateliers de cerâmica, gravura e serigrafia, orientadas pelos artistas Henrique do Vale, Acácio de Carvalho e Paulo Barros, respetivamente. O projeto decorreu entre os meses de setembro e outubro de 2023 e contou com 36 participantes migrantes e não migrantes de 13 nacionalidades.

Nas palavras da vice-presidente da FBAC, Carla Segadães: “Sentimo-nos muito gratos por esta esta distinção que sublinha como a arte pode ser um instrumento agregador de diferentes nacionalidades, ideologias e credos e contribuir para a integração da população migrante. Acreditamos que com este tipo de projetos é possível corrigir assimetrias de acesso à fruição e participação artísticas, promover a descentralização cultural e a não segregação através da inclusão ativa de pessoas”.

De referir que a iniciativa foi gratuita e contou com o apoio de tradução simultânea nas línguas de português e inglês e com o acompanhamento do Serviço para a Inclusão e Diversidade Cultural da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira. O projeto terminou com uma exposição dos trabalhos desenvolvidos que esteve patente no Fórum Cultural de Cerveira de 16 de dezembro de 2023 a 31 de janeiro de 2024 e com a apresentação de um pequeno documentário.

“É muito satisfatório sabermos que estamos a contribuir para a promoção da melhoria das condições de acesso à participação cultural, até porque as questões da acessibilidade e da sustentabilidade estão na agenda da Fundação como uma prioridade”, acrescentou Carla Segadães.

De referir que as Oficinas criativas “AMAM” foram dinamizadas pela FBAC e se inseriram na ação promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira “Animação Territorial Intercultural” no âmbito do projeto “AMAM – Rede de Apoio a Migrantes no Alto Minho”, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho), tendo sido cofinanciado pelo Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI).