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Sexo e morte em Sigmund Freud

A nova editora «Crisântemo» apresenta Sobre o NarcisismoAlém do Princípio do Prazer.

Depois de ter publicado Sobre os Sonhos, considerado por muitos como o texto mais importante da história da psicanálise, a Crisântemo, chancela de desenvolvimento pessoal da Guerra e Paz, apresenta agora dois outros ensaios de Sigmund Freud: o perturbante Sobre o Narcisismo, onde o pai da psicanálise defende que as primeiras satisfações sexuais são auto-eróticas, e o fascinante e inesperado Além do Princípio do Prazer, que associa, pela primeira vez, a pulsão de morte aos instintos do ego. Duas edições imperdíveis para todos os que querem compreender melhor a mente humana, Sobre o Narcisismo e Além do Princípio do Prazer estão disponíveis na rede livreira nacional a partir do dia 18 de junho 2024.

Controverso e absolutamente revolucionário na área da psiquiatria, Sigmund Freud mudou radicalmente o olhar que a humanidade tinha sobre a mente. Exemplo disso é o ensaio Sobre o Narcisismo – Uma Introdução, que nos apresenta o narcisismo como um estágio intermédio do desenvolvimento psicossexual infantil, situado entre o auto-erotismo, cujo modelo é a masturbação, e o estágio evoluído, caracterizado pelo amor objectal. Freud escandaliza o mundo ao reafirmar a natureza imediatamente sexual da libido e descreve um narcisismo primordial, que designa como narcisismo primário, no qual a criança se toma como objecto de amor e como centro do mundo, antes de se deslocar em direcção aos objectos externos.

Publicada pela primeira vez em 1914, esta obra, que agora surge numa novíssima edição da Crisântemo, agrega as primeiras teorias acerca do que é hoje conhecido como Perturbação de Personalidade Narcísica. Examinando a teoria da «libido não-sexual» de Carl Jung e o conceito de «protesto masculino» de Alfred Adler, Freud oferece uma teoria alternativa, afirmando que o narcisismo é um traço comportamental presente em muitas pessoas, funcionando como uma barreira, uma táctica, uma posição libidinal tomada, por pulsões de auto-preservação, numa tentativa do indivíduo de melhorar o seu próprio estado psíquico.

Seguindo a mesma linha editorial, a Crisântemo apresenta, em simultâneo, Além do Princípio do Prazer, um dos trabalhos mais importantes de Sigmund Freud e, provavelmente, a sua mais reconhecida revisão da teoria do instinto e um ponto de viragem na teoria psicanalítica. Até à sua publicação, em 1920, pensava-se que, no binómio prazer-dor, o indivíduo procurava evitar a dor e buscava o prazer. No entanto, Freud apercebeu-se da existência de instintos de morte (do ego), opostos aos instintos de vida (sexuais), levando-o a pensar que deveria haver algo mais, algo «para lá» do princípio do prazer, algo que, uma vez alcançado e ultrapassado o limite do prazer, desviava o aparelho psíquico para a instabilidade.

Com esta nova teoria, a da pulsão de morte, ou seja, a do desejo, inerente ao ser humano, de redescobrir um estado inorgânico anterior à vida, Freud expande os limites da própria psicanálise ao postular, pela primeira vez, a existência de uma tendência destrutiva no ser humano.
 


Sigmund Freud
nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, (actual P?íbor, na Chéquia) e foi o fundador da psicanálise, marcando indelevelmente a psicologia e a psiquiatria, assim como a forma como vemos a sexualidade e os sonhos. Em 1873, ingressa na faculdade de Medicina, na Universidade de Viena, mas só no laboratório de Fisiologia do professor Ernst Brücke é que se começou realmente a sentir à vontade com as disciplinas científicas. Em Paris, de outubro de 1885 a Fevereiro de 1886, foi aluno de Jean-Martin Charcot, neurologista conhecido pelos seus estudos sobre a histeria e o uso da hipnose. No Outono de 1886, casa com Martha Bernays e abre um consultório clínico, assumindo igualmente a direcção do serviço de neurologia de uma clínica para crianças doentes, nas quais privilegia a sugestão hipnótica. Em 1900, publica A Interpretação dos Sonhos, um dos livros basilares da psicanálise, apresentando ao público uma descrição sobre o inconsciente da mente humana. Com a ascensão de Hitler ao poder, Freud viu os seus livros serem queimados em praça pública, em Berlim, razão que o levou a fugir com a mulher para Londres, onde, em 23 de setembro de 1939, morreu em consequência de um cancro.

Sobre o Narcisismo
Sigmund Freud
Não-Ficção / Desenvolvimento Pessoal
58 páginas · 15x23· 13 €
Nas livrarias a 18 de junho de 2024 

Além do Princípio do Prazer
Sigmund Freud
Não-Ficção / Desenvolvimento Pessoal
108 páginas · 15x23· 17 €
Nas livrarias a 18 de junho de 2024

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