Em Tudo É Tabu, o jornalista Pedro Correia, fala-nos deste nosso tempo em que «somos inundados por novos interditos», reunindo cem casos de censura, todos eles muito diversos e vários registados em Portugal. Todos eles fruto da perversão de generosos desígnios como o combate ao machismo, ao sexismo, ao racismo e à discriminação. Todos eles denunciados no livro que agora se anuncia, em nome da liberdade de expressão e do pluralismo. Tudo É Tabu está disponível na rede livreira nacional, numa edição Guerra e Paz.

Na História do mundo sempre houve severos limites à liberdade de expressão. Novidade absoluta é isto ocorrer hoje, em sociedades democráticas, no chamado mundo livre. Em Tudo É Tabu, Pedro Correia discorre sobre essas novas censuras impostas por «patrulheiros que andam aí, impondo um vasto caudal de proibições. Como se vivêssemos num rígido internato de paredes opacas onde a fuga à norma pode ser punida com a morte civil.»

Segundo o autor, esta polícia do pensamento, integrada por académicos, intelectuais, artistas, escritores, jornalistas, dirigentes estudantis e até alegados activistas dos direitos humanos, «dita dogmas, decreta anátemas e fulmina qualquer rasto de dissidência a pretexto da protecção a tribos identitárias».

Neste livro fala-se do wokismo e dos impactos que este tem vindo a ter, primeiro nos estabelecimentos escolares e cenáculos intelectuais, e agora na sociedade, através de cem casos de censura actualíssimos e que vão desde a «purificação» de Mark Twain à «fúria castanha contra a Disney», do «mamilo incómodo» de Almodóvar ao «chocolate amargo» de Bernardo Silva, do «risco do riso» de Dave Chappelle ao «silêncio forçado» de Patti Smith. Ninguém escapa a este novo lápis azul que não persegue apenas o presente, como também altera o que ficou para trás, dando plena validade ao alerta de George Orwell: «Quem controla o passado, controla o futuro.

Tudo é Tabu
Pedro Correia
Não-Ficção / História
224 páginas · 15x23 · 17,00 €
Nas livrarias a 18 de junho de 2024