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Mariza actua em Setembro em Lisboa com Jaques Morelenbaum
A fadista Mariza actua a 06 de Setembro, em Lisboa, no relvado frente à Torre de Belém, com a Sinfonieta de Lisboa, sob a direcção de Jaques Morelenbaum.
A fadista Mariza actua a 06 de Setembro, em Lisboa, no relvado frente à Torre de Belém, com a Sinfonieta de Lisboa, sob a direcção de Jaques Morelenbaum, o músico brasileiro que produziu o seu recente álbum, "Transparente".
O concerto de Mariza, que o ano passado reuniu 22.000 pessoas no anfiteatro Keil do Amaral, insere-se no programa das Festas da Cidade.
"Transparente", que entrou directamente para o primeiro lugar de vendas na semana de lançamento em Abril, é para a fadista "um virar de página", aproximando-se mais da sonoridade que procura.
A esta sonoridade não é estranho o trabalho de Jaques Morelenbaum, salientou Mariza à Agência Lusa.
"Transparente" é uma abordagem diferente ao fado, "mais reflectida e pensada, logo permitindo alguma ousadia, fruto também da segurança que sinto e do conforto que foi gravar com o Jaques".
Além da Sinfonieta de Lisboa, no palco da Torre de Belém estarão os músicos que acompanham habitualmente a fadista: Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), António Neto (guitarra acústica) e Vasco de Sousa (baixo).
Jaques Morenlenbaum, director musical de Caetano Veloso, com quem trabalha desde 1991, actuou o ano passado ao lado do músico brasileiro no Pavilhão Atlântico e com Sakamoto na Aula Magna, em 2002.
O músico e produtor participou no álbum "Livro" de Caetano Veloso, que em 1999 recebeu um Grammy Award para o Melhor Álbum de World Music.
"António brasileiro" de Tom Jobim, que Morelenbaum também produziu, venceu, em 1995, o Grammy para o Melhor Actuação de Jazz Latino.
Morelenbaum tem trabalhado quer como músico, quer como produtor, com destacados nomes da música internacional, nomeadamente Sting, Egberto Gismonti, Ryuichi Sakamoto, Madredeus, Gal Costa e Carlinhos Brown, entre outros.
Mariza foi a única portuguesa que participou no Live 8, no palco "Africa Calling". No âmbito da sua digressão, este ano, pelos países nórdicos, deslocou-se à Islândia onde foi a primeira artista portuguesa a actuar naquele país.
Mariza faz assim jus ao Prémio Amália Rodrigues Internacional com que será distinguida em Outubro.
Durante o mês de Setembro, e antes de partir em digressão pelo Canadá e Estados Unidos, a intérprete de "Meu fado meu" (Paulo Carvalho) actuará em Santa Maria da Feira, no âmbito das comemorações dos 500 anos da Festa das Fogaceiras, em Faro, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada (Açores) e Câmara de Lobos (Madeira).
Um dos pontos altos do concerto de Lisboa será a interpretação por Mariza de "Duas lágrimas de orvalho" (João Linhares Barbosa/Pedro Rodrigues), apenas acompanhada pelo violoncelo de Morelenbaum.