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Núcleo de arte rupestre de Fratel em vias de ser classificado monumento nacional
O núcleo de arte rupestre de Fratel, em Vila Velha de Ródão, está a ser avaliado pelo Instituto do Património Cultural para ser classificado como monumento nacional.
“Quanto a este sítio [núcleo de arte rupestre de Fratel], em processo de classificação desde 2012, e com entrada para prosseguimento na Direção Regional de Cultura do Centro apenas no ano passado, foi instruído o processo e remetido ao Instituto do Património Cultural, já no âmbito da Unidade de Cultura da CCDRC [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], no sentido de vir a ser classificado como monumento nacional”, afirmou Lígia Gambini daquela Unidade de Cultura.
A responsável deslocou-se a Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, em representação da vice-presidente da CCDRC, no seminário internacional “Vale do Tejo e a Arte Rupestre 50 anos depois”.
“Na verdade, encontramos neste território [Vale do Tejo] alguns dos mais antigos e importantes núcleos de arte rupestre do país, que se estendem ao longo de 40 quilómetros das margens do Tejo, nomeadamente, do núcleo de arte rupestre de Fratel”, sintetizou.
Lígia Gambini salientou que o processo de classificação do núcleo de arte rupestre de Fratel decorre desde 2012. Mas, o parecer que saiu da Unidade de Cultura da CCDRC para o Instituto do Património Cultural foi para ser classificado como monumento nacional.
Já o presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo grupo de jovens estudantes de arqueologia que, na década de 70 do século passado, se deslocou para o território e descobriu vários núcleos de gravuras rupestres.
“O enclausuramento destas gravuras rupestres amputou a Vila Velha de Ródão o seu mais rico e representativo património”, mas “estes estudantes [conhecidos como a geração do Tejo] evitaram que fosse esquecido”, salientou.
Fonte: LUSA | 24 de maio de 2024