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Um "Grito" português até à final da Eurovisão

Iolanda é a representante portuguesa que garantiu um lugar na final do próximo sábado.

Iolanda, a representante portuguesa, no ensaio de segunda-feira. EPA/Jessica Gow

Portugal garantiu esta terça-feira um lugar na final do festival Eurovisão da Canção, que decorre em Malmo, na Suécia.

A canção portuguesa concorrente à edição deste ano, "Grito", interpretada por Iolanda, foi uma das dez apuradas na primeira meia-final.

A segunda meia-final realiza-se na quinta-feira, com a final a decorrer no próximo sábado, dia 11.

Nesta edição participam 37 países, mas na final, marcada para sábado, irão competir apenas 26: os dez escolhidos esta terça-feira, na primeira semifinal, mais dez selecionados na quinta-feira, na segunda semifinal.

Além disso, há seis países, os chamados 'Big Five' (França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Itália) e o país anfitrião que têm entrada direta na final.

Na primeira semifinal do concurso, além de Portugal, cujo tema foi apresentado em 14.º lugar, apuraram-se Chipre, Sérvia, Lituânia, Irlanda, Ucrânia, Croácia, Eslovénia, Finlândia e Luxemburgo. Competiram ainda Polónia, Islândia, Moldávia, Azerbaijão e Austrália.

Na segunda semifinal do Festival Eurovisão da Canção deste ano competem, por ordem de apresentação: Malta, Albânia, Grécia, Suíça, República Checa, Áustria, Dinamarca, Arménia, Letónia, São Marino, Geórgia, Bélgica, Estónia, Israel, Noruega e Países Baixos.

A participação de Israel gerou polémica, com vários apelos de representantes políticos e artistas europeus à União Europeia de Radiodifusão (UER), para que vetasse a participação daquele país devido à guerra na Faixa de Gaza.

No final de março, representantes de nove países, incluindo Portugal, assinaram uma carta na qual pediam um "cessar-fogo imediato e duradouro" na guerra de Israel na Palestina e o regresso de todos os reféns israelitas.

Na carta, os artistas começavam por afirmar que reconhecem "o privilégio de participar na Eurovisão", mas que não se sentem "confortáveis em ficar em silêncio" perante a "situação atual nos Territórios Palestinianos Ocupados, em particular em Gaza e em Israel".

Além da representante de Portugal, assinaram esta carta os intérpretes da Irlanda, Noruega, São Marino, Suíça, Reino Unido, Dinamarca, Lituânia e Finlândia.

Na altura, a EBU recordou que o festival é um evento "apolítico". No entanto, em 2022 foi decidida a expulsão da Rússia do concurso na sequência da invasão da Ucrânia.

Entretanto, no domingo, Iolanda apresentou-se na 'passadeira turquesa' (onde desfilam os representantes de todos os países, marcando assim o início dos espetáculos ao vivo do concurso), em Malmö, com um vestido de uma marca palestiniana e as unhas pintadas com o padrão do 'keffiyeh', um lenço que é símbolo da resistência palestiniana.

Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar no concurso de música, em 1973, e ganhou quatro vezes, incluindo com a cantora transgénero Dana International, em 1998.

Embora não estejam em competição, na semifinal de hoje serão apresentados os temas da Alemanha, Reino Unido e Suécia. Os representantes de Espanha, França e Itália atuam na segunda semifinal.

As semifinais acontecem esta terça-feira e na quinta-feira e a final no sábado, mas o festival já está a decorrer há alguns dias, com os participantes a participarem em ensaios, conferências de imprensa e numa série de atividades paralelas.

A semifinal desta terça-feira é exibida em direto na RTP1, na RTP Internacional e na RTP Play a partir das 20:00 de Lisboa.

Portugal ficou no ano passado em 23.º lugar no Festival Eurovisão da Canção, com Mimicat e a canção "Ai coração". 




por Lusa e Diário de Notícias | 7 de maio de 2024
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Diário de Notícias
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