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Caminho lança nova edição revista e aumentada de "Carlos Gil. Um Fotógrafo na Revolução"
"É ele que o conta, num texto que escreveu para acompanhar as suas próprias fotos, por ocasião do 20.º aniversário do 25 de Abril. Naquela madrugada uma voz gritou-lhe, do outro lado do fio: «Carlos, levanta-se, escuta a rádio e vai p´ra rua. Leva a tua máquina que está aí a Revolução."
No mês em que se assinalam os 50 Anos do 25 de Abril a Editorial Caminho faz regressar às livrarias “Carlos Gil. Um Fotógrafo na Revolução”, o álbum fotográfico sobre o 25 de Abril e os primeiros anos da Revolução dos Cravos, editado originalmente em 2004, e reeditado agora com design renovado e com um novo capítulo. Com coordenação de Daniel Cortesão Gil e textos de Adelino Gomes é mais uma forma especial de celebrar os 50 anos do 25 de Abril.
Carlos Gil - Um fotojornalista empenhado
O teatro foi a sua paixão, antes de se profissionalizar no jornalismo. Primeiro na universidade de Coimbra, no CITAC (Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra) e no Grupo de Teatro Independente Teatro d’Hoje, de que foi um dos fundadores; mais tarde, no Grupo Cénico da Faculdade de Direito de Lisboa, ao lado de Helder Costa, Carlos Pinto Coelho e de António Corvelo, João Mário Mascarenhas, entre outros. Pelo meio (1963-1965) prestou o serviço militar obrigatório em Timor, onde colaborou na rádio e nos jornais e fundou um grupo de teatro experimental.
Trocou Direito em 1968 (frequentava o 4.o ano da licenciatura) pelo jornalismo, em A Capital, onde se iniciou, mais tarde, como fotojornalista.
O 25 de Abril encontrou-o na revista Flama, onde se manteve até 1977, ao mesmo tempo que ensaiava colaborações na imprensa portuguesa e estrangeira.
Além desta revista e daquele diário publicaram-lhe textos e fotografias, como freelancer, El País, Pueblo, Cambio 16, Manchete, O- Cruzeiro, Der Spiegel, Diário de Lisboa, O Jornal, Expresso, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Sete, Tal & Qual, O Liberal, e as revistas Mais (editor fotográfico 1983-1985), Sábado, Quatro Estações, Homem, Elan, Guia, Tempo-Livre (editor fotográfico 1990 a 2001, ano da sua morte).
Colaborou em televisões e jornais com crónicas sobre a guerra do Golfo e as eleições de 1995 no Iraque (RTP, TSF e SIC) e o 10.º aniversário do 25 de Abril (guião e entrevistas para a RTB-Radiotelevisão Belga.
Cidadão do mundo embora sempre mantendo a ligação à terra de origem dos pais, Figueira de Castelo Rodrigo, nas suas andanças profissionais de mais de três décadas privilegiou zonas onde existissem conflitos armados e guerras de guerrilha: Angola, Moçambique, Sara Ocidental, Kurdistão, Beirute, Iraque, Panamá, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Uruguai, Argélia e Marrocos, entre outros.
Tem fotos publicadas em 15 obras de referência (entre elas Portugal Livre, 1974; Fotography Year Book – 1975; Fotografia Portuguesa 1970-80; O Fotojornalismo Hoje; 1989; Templos de Lisboa; 1.º e 2.º volumes, Guias do Centro Nacional de Cultura e Portugal Século XX, de Joaquim Vieira. Uma foto sua é capa da edição portuguesa de Sorriso do Jaguar, de Salman Rushdie.
Ficha do Livro:
Título: Carlos Gil. Um Fotógrafo na Revolução
ISBN: 9789722132640
PVP C/ IVA: 21,90€
LeYa | Editorial Caminho