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Escritor norte-americano Paul Auster morre aos 77 anos
Paul Auster estava doente com cancro do pulmão. Tem uma extensa obra literária publicada em mais de 40 línguas.
Paul Auster, romancista, autor de obras como "A Trilogia de Nova Iorque" e "Cidade de Vidro", morreu na terça-feira aos 77 anos, de acordo com o jornal The New York Times. Auster morreu em casa, em Nova Iorque, vítima de cancro do pulmão.
Nascido no seio de uma família judia de ascendência austríaca, em 1947, em Newark (Nova Jérsia), Auster faria mais tarde de Brooklyn a sua casa e cenário de romances, sobretudo nas décadas de 1980 e 1990. Tem uma extensa obra literária publicada em mais de 40 línguas.
Em Portugal, Paul Auster tem grande parte da obra publicada, em particular os romances, como "Mr. Vertigo", "Palácio da Lua", "Música do Acaso", "Leviathan", "A Trilogia de Nova Iorque", "Timbuktu", "O livro das ilusões", "As loucuras de Brooklyn", "O homem na escuridão" e "4 3 2 1", com o qual foi finalista ao Booker Prize.
Assinou a realização de um par de filmes, incluindo "A vida interior de Martin Frost" (2007), rodado parcialmente em Portugal.
Foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura 2006, feito Comendador da Ordem das Artes e das Letras de França em 2007 e é membro da Academia Americana de Artes e Letras e da Academia Americana de Artes e Ciências.
Em 2017, Paul Auster terminou em Portugal uma ronda de visitas a vários países. Durante esta entrevista, revelou ter um particular apreço pelo país e lembrou o trabalho da equipa portuguesa com quem colaborou durante a rodagem do filme "A vida interior de Martin Frost".
"Um homem gentil, interessado e aberto ao mundo"
Em comunicado, a LeYa/ ASA, editora de Paul Auster em Portugal, “lamenta, com profundo pesar e sentida consternação”, a morte do consagrado escritor norte-americano.
A sua relação com Portugal foi forte e constante, acarinhou-nos e foi acarinhado de volta, são muitas as boas recordações que nos deixa”, afirma Carmen Serrano, editora da obra de Paul Auster em Portugal.
Carmen Serrano recorda Paul Auster como um homem “gentil” e “sempre interessado e aberto ao mundo” e um escritor que “nunca deixou de se dedicar totalmente à sua arte, nunca deixou de surpreender, atraindo-nos sempre intensamente para os seus mundos inventados e inimitáveis”.
“Livros como A Trilogia de Nova Iorque, 4321 ou o final Baumgartner, entre tantos outros, desafiaram milhões de leitores e derrubaram barreiras linguísticas e culturais em todo o mundo”, sublinha a editora.
por Lusa e Renascença | 1 de maio de 2024
Notícia no âmbito da parceira Centro Nacional de Cultura | Rádio Renascença