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Open House de volta a Lisboa a 11 e 12 de maio com 74 espaços para visitar
O Open House vai regressar a Lisboa a 11 e 12 de maio com 74 espaços para visitar, mais de metade em estreia, anunciou a organização do evento que irá guiar 866 visitas gratuitas pela capital.
O Convento dos Cardaes, na Rua d'OSéculo, ou o Apartamento Esquina Pombalina, no Largo do Corpo Santo, são alguns dos edifícios que fazem parte dos percursos desta 13.ª edição do Open House dedicado à arquitetura de Lisboa, sob o tema Os Híbridos das Transições.
De diferentes épocas e tipologias, o programa - com 48 espaços em estreia - inclui desde a casa de uma porteira com 30 metros quadrados até ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil, um complexo que abrange cerca de 220 mil metros quadrados.
"Olhar para a hibridez que compatibiliza o que parece ser contraditório é compreender a complexidade implícita em transformar a cidade, seja através da rutura, continuidade ou tudo o que está pelo meio", sublinhou o comissariado, este ano a cargo de Alexandre Marques Pereira e Sandra Marques Pereira, num comunicado divulgado pela organização, da responsabilidade da Trienal de Arquitetura de Lisboa.
O Open House Lisboa apresenta este ano mais visitas sensoriais e atividades acessíveis, duas visitas realizadas por crianças, integradas no Programa Júnior composto por leituras e oficinas.
Neste programa para os mais novos vão estrear-se duas visitas feitas por jovens: o Centro Ismaili, a 11 de maio, entre 10:00 e as 11:30, e a Escola do Castelo, a 12 de maio, entre as 11:00 e as 12:30.
Estão também previstas atividades acessíveis que incluem desde um percurso urbano em Telheiras Sul, adaptado a pessoas com mobilidade condicionada, uma visita ao Palácio do Grilo, visitas com interpretação para Língua Gestual Portuguesa no Bairro das Fonsecas e Calçada.
Haverá ainda visitas táteis para pessoas cegas ou amblíopes que poderão aceder a um conjunto de materiais e maquetas tridimensionais no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Atelier-Museu Júlio Pomar, Galeria da Avenida da Índia e Galeria Quadrum.
O programa inclui ainda cinco passeios por diferentes bairros de Lisboa, e um novo passeio sonoro sob o título "Coisas e pessoas de muitos sítios do mundo", assinado por Filomena Silvano, que convida a conhecer as diferentes culturas que vivem entre as Praças da Figueira, Martim Moniz e Chile.
Este ano, o Open House Lisboa envolve 100 especialistas e uma equipa de mais de 250 voluntários num fim de semana em que o mesmo evento também decorrerá nas cidades de Málaga, em Espanha, e Rosário, na Argentina.
Conceito criado em 1992 por Victoria Thornton, a rede Open House Worldwide conta esta terça-feira quase 60 cidades por todo o mundo, como Londres, Maputo, Osaka, Tessalónica, Zagreb ou Buenos Aires.
Em Lisboa, o Open House acontece anualmente desde 2012 numa coorganização que junta a Trienal de Arquitetura de Lisboa e a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, propondo a "descoberta de espaços de diferentes naturezas que demonstram o papel decisivo da arquitetura na vida das pessoas e exemplificam o valor do património edificado", sublinha a organização.
Em 2023, o evento português passou a integrar o Open House Europe, um consórcio que reúne 11 organizações culturais que este ano se debruçam sobre a dimensão da acessibilidade na arquitetura.
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