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"Tortura Branca"

Narges Mohammadi, Prémio Nobel da Paz, revela as experiências de catorze mulheres, incluindo ela própria, nas prisões mais infames da República Islâmica do Irão.

Nas suas vidas atrás das grades são submetidas a humilhações cruéis: assédio e espancamentos por parte dos guardas, isolamento total, recusa de qualquer tratamento médico, interrogatórios extenuantes, castigos punitivos...

A ira do aparelho repressivo iraniano dirige-se também às suas famílias, que são ameaçadas e desconhecem o paradeiro das prisioneiras.

Nenhuma destas mulheres cometeu qualquer crime: são prisioneiras de consciência ou reféns usadas como moeda de troca. Através da tortura física e psicológica, o Estado iraniano acredita que pode reabilitar as suas almas.

As entrevistas recolhidas em Tortura Branca, realizadas enquanto todas as prisioneiras estavam na prisão ou a aguardar julgamento, são documentos impressionantes de humanidade, resiliência e integridade.

Enquanto os iranianos continuam a lutar pelo movimento «Mulheres, Vida, Liberdade», Tortura Branca condena o regime teocrático iraniano pelos seus crimes.
 
«Os testemunhos de catorze mulheres reunidos em Tortura Branca são uma lista de acusações contra a República Islâmica. Felizmente para os futuros procuradores, este livro está cheio de nomes dos inquisidores. Se os aiatolas e os seus acólitos perderem o poder, não deixará de ser usado nos julgamentos posteriores. Tal como aconteceu com Khamenei, os tormentos das prisões do Irão podem ainda vir a contribuir para levar os que ali estão encarcerados ao poder.»
The Economist

«Estas mulheres revelam a verdade acerca da República Islâmica e estão a pagar o preço por fazê-lo. Lendo os seus testemunhos, também nós tomamos conhecimento da verdade.
A pergunta que todos os leitores deviam fazer a si mesmos é, agora que conhecemos a verdade, o que tencionamos fazer em relação ao assunto?»
Azar Nafisi, autora de Ler Lolita em Teerão 

Narges Mohammadi nasceu em 1972, no Irão, é ativista pelos direitos humanos e vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos (DHRC), liderado pela Prémio Nobel da Paz Shirin Ebadi.

Em maio de 2016, foi condenada a 16 anos de prisão em Teerão, por estabelecer e dirigir «um movimento de direitos humanos que faz campanha pela abolição da pena de morte».

Em 2022 foi nomeada uma das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo pela BBC e a 6 de Outubro de 2023 recebeu o Nobel da Paz «pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irão e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos».

Atualidade
256 páginas
16,90 Euros
ISBN: 978-989-66-1953-4
1.ª Edição: abril 2024
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