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50 anos do 25 de Abril em São Carlos
No ano em que se completam os 50 anos da revolução que nos trouxe a Liberdade e que iniciou um caminho de profundas transformações económicas, sociais e culturais no nosso país, também o Teatro Nacional de São Carlos celebra Abril.
Assim, e fruto de uma parceria com a Comissão Comemorativa dos 50 anos 25 de Abril, programámos dois espetáculos que celebram o ideário de Liberdade e reafirmam o papel fundamental da Cultura numa sociedade democrática: o Requiem de Lopes-Graça e a ópera Os dias levantados, de Pinho Vargas.
No dia 28 de abril, no Centro Cultural de Belém (CCB), apresentamos o Requiem de Fernando Lopes-Graça (1906-1994), resistente antifascista que dedicou a obra às vítimas do Fascismo em Portugal. Trata-se de um dos principais eventos do programa oficial, que reunirá antigos presos políticos no grande auditório do CCB, e que será transmitido pela RTP. Em palco, estarão a Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e os solistas Bárbara Barradas, Cátia Moreso, Carlos Cardoso, Luís Cansino e Oliver Zwarg. A direção musical desta imponente obra coral-sinfónica é de Antonio Pirolli.
A 27 de junho, no Teatro Nacional de São Carlos, recuperamos a mais importante obra musical dedicada ao 25 de abril: a ópera Os dias levantados, de AntónioPinho Vargas (n. 1951) e libreto de Manuel Gusmão (1945-2023). Estreada em São Carlos, a 25 de abril de 1998, regressa ao nosso palco, em versão de concerto, com direção musical de Pedro Amaral, o nosso Coro e Orquestra, e um elenco português composto por Eduarda Melo, Sara Braga Simões, Sílvia Sequeira, Rui Vieira, Leonel Pinheiro, Jorge Vaz de Carvalho, José Corvelo e Luís Rodrigues.
Já no plano editorial, numa parceria com a Imprensa Nacional Casa da Moeda, o São Carlos vai lançar três volumes de partituras de várias das Canções para piano e canto de Fernando Lopes-Graça, com edição crítica de João Paulo Santos.
Para além das atividades integradas na programação do Teatro Nacional de São Carlos, o OPART, E.P.E. estende a sua colaboração com a Comissão Nacional aos domínios do Millennium Festival ao Largo, que decorre no Largo de São Carlos e cuja edição deste ano será dedicada à Liberdade e Juventude; e, também, aos Estúdios Victor Córdon, que já no início deste ano, apresentaram BANTU, um espetáculo que teve origem num convite endereçado a Victor Hugo Pontes pelos Estúdios Víctor Córdon e pelo Camões – Centro Cultural em Maputo.
Este primeiro conjunto de iniciativas não é exaustivo, nem se esgota neste ano de 2024 uma vez que, recordamos, o programa oficial se prolonga até 2026.
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