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Exposição "Mar Aberto" de Nicolas Floc'h aborda desafios ambientais no Tejo

Uma exposição com fotografias de Nicolas Floc'h que reflete sobre a natureza e desafios ambientais no estuário do Tejo, resultado de uma residência artística, é inaugurada a 26 de março no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa.  

Foto © Nicolas Floc'h, Açores, Lobeira, 2023

"Mar Aberto", de Nicolas Floc'h, é o resultado de uma jornada fotográfica numa residência de dez dias no estuário do Tejo, realizada a convite do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), período durante o qual o artista explorou várias paisagens e ecossistemas submarinos, utilizando as potencialidades da fotografia subaquática.

O objetivo do trabalho do artista francês foi “descobrir novos imaginários artísticos e exprimir uma atitude artística que veiculasse questões prementes” relacionadas com a natureza, a biodiversidade, fenómenos ecológicos, defesa do ambiente e da sustentabilidade do planeta.

Ao longo das últimas três décadas, Floc’h, nascido em 1970, em Rennes, tem vindo a construir uma trajetória artística usando a fotografia subaquática para criar obras de dimensão poética "de enorme proficiência técnica e estética, estabelecendo uma perceção sensível sobre a natureza, a biodiversidade e os fenómenos ecológicos".

No estuário do Tejo, entre o Bugio e Castanheira do Alentejo, o artista explorou várias paisagens e ecossistemas submarinos durante o verão de 2022, dando origem a esta exposição, com curadoria de João Pinharanda, que estará patente até 26 de agosto.

O projeto terá um prolongamento no arquipélago dos Açores, na zona das fontes subaquáticas hidrotermais, em colaboração com a Universidade dos Açores e no decurso de uma residência na estrutura artística Arquipélago, na ilha de São Miguel, segundo o MAAT.

Na mesma altura, a 26 de março, também com curadoria de João Pinharanda, o museu irá inaugurar a exposição "Shining Indifference", de Luísa Jacinto, artista que propõe uma experiência visual para desafiar a perceção, e convida o público a “explorar novos limites da visão”.

Nos seus trabalhos, Luísa Jacinto, nascida em 1984, procura inovar o uso de diferentes materiais – como membrana de borracha, linha, tecido, metal, ´spray´, aguarela, pigmentos soltos – e suportes, com o objetivo de criar uma fronteira cada vez mais fluida entre pintura, escultura e instalação.

A exposição ficará patente até 02 de setembro no Cinzeiro 8, um espaço de programação localizado no edifício MAAT Central, que desde 2021 acolhe, na sua programação, projetos especificamente concebidos para o local pelos artistas e curadores convidados.


Fonte: LUSA | 21 de março de 2024

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