"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Livro propõe estratégias para lidar com comportamentos desafiadores dos mais novos

Birras constantes. Tentativas infinitas de negociação. Rejeição de autoridade. Discussões sem fim. Soa-lhe familiar? Qual a solução?

Segundo Caroline Goldman o segredo está em impor limites. No seu mais recente livro As Crianças Precisam de Limites, a psicóloga francesa especializada em crianças e adolescentes, afirma que quando os mais novos são expostos a uma parentalidade «excessivamente positiva» acabam por perder-se e ficar prejudicados. Só as regras poderão fazê-los crescer equilibrados e capazes de enfrentar os desafios da vida. Controverso, por colocar em causa modelos de parentalidade amplamente difundidos, o livro tornou-se num fenómeno de vendas em França e Itália e tem vindo a ser discutido nos meios de comunicação franceses, ingleses e americanos. É tempo dos pais e educadores portugueses também participarem neste debate, graças à tradução de João Germano que a Crisântemo, chancela de desenvolvimento pessoal do Grupo Guerra e Paz, agora apresenta. 

Enquanto hoje muitos defendem que as crianças se devem criar sem limites Caroline Goldman, a psicóloga francesa doutorada em psicopatologia clínica e especializada em crianças e adolescentes, argumenta que elas precisam mesmo do oposto. «Estabelecer regras e colocar proibições não significa controlar todas as suas acções e não deixar espaço para a liberdade, mas sim ensiná-las a conviver». Em As Crianças Precisam de Limites, a especialista apresenta-nos um guia para relações pacíficas entre os tutores e os seus educandos.

Com uma abordagem clara e acessível, a autora indica como como podem os leitores transformar a sua abordagem parental e construir uma base sólida para o desenvolvimento psicológico saudável das crianças, ensinando-as a navegar o mundo com confiança e responsabilidade.

Goldman explica que o recurso a estratégias claras e não-violentas é mesmo a melhor forma de lidar com comportamentos desafiadores, mesmo quando não parecem funcionar à partida. «Se a criança não obedece quando o castigo é introduzido, o seu único argumento para a fazer cumprir a sua ordem deve ser o prolongamento do tempo de exclusão («Acabaste de ganhar mais vinte minutos no teu quarto»). Este sistema evita uma escalada de violência repressiva (bater, gritar, repetição incessante, ameaças, irritação geral e cansaço dos pais). Funciona perfeitamente bem, respeitando a integridade psicológica e física da criança.»


Caroline Goldman nasceu em  Paris, em 29 de Dezembro de 1975. Longe do meio artístico com o qual o pai, Jean-Jacques Goldman, conviveu, Caroline ingressou na área da psicologia. Em 1996, matriculou-se no bacharelato e continuou os estudos até 2008, ano em que se doutorou em Psicopatologia Clínica.

Após os estudos, tornou-se psicóloga de crianças e adolescentes. Lecciona na École de Psychologues Praticiens de Paris. É bolseira de investigação na Universidade de Paris. Ler mais 

As Crianças Precisam de Limites
Não-Ficção / Saúde e Bem Estar
152 páginas · 15x23· 16 €
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Centro Cultural de Belém 22 Nov 2024  |  20h00

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