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As frases e slogans mais irreverentes e anarquistas da Revolução dos Cravos
«O mais divertido dos livros sobre a revolução de Abril», 25 de Abril, No Princípio Era o Verbo reúne – ilustradas, lustrosas–, as frases, os slogans, as pichagens, os delírios de ministros, militares, de soldados e freirinhas benza-as Deus.
«Mortos Fora dos Cemitérios, a Terra a quem a Trabalha». «Abaixo a Foice e o Martelo, Viva o Black and Decker». «Abaixo os Organismos de Cúpula, vivam os Orgasmos de Cópula». Este festim resulta da associação espontânea e revolucionária entre o editor e autor Manuel S. Fonseca e o ilustrador Nuno Saraiva. Um partiu em busca das mais loucas frases de Abril e organizou-as, o outro deu-lhes forma e cor, recriando essa madrugada de Depois do Adeus. Um plenário criativo que se enche do louco, desbragado e inebriante florescimento da palavra livre. Uma edição Guerra e Paz que festeja meio século de democracia em Portugal, 25 de Abril, No Princípio Era o Verbo estará disponível na rede livreira nacional no dia 19 de março de 2024.
São dezenas de ilustrações, centenas de frases históricas, e um relato vivo, cheio de surpresas de uma das mais impressionantes algazarras de liberdade, loucura, e inocente destrambelhamento colectivo que o modesto povo português já viveu. 25 de Abril, No Princípio Era o Verbo veio para festejar esse dia inicial inteiro e limpo que derrubou uma ditadura de 48 anos. Depois de Abril, a liberdade chegou como uma inundação: proliferaram partidos políticos; levantaram-se do chão incendiários educadores do povo; agitaram-se estandartes; colaram-se cartazes; pichagens pintaram paredes; ruas, largos e avenidas entupiram-se com torrentes de gente em loucas manifs. De tudo isso este livro organizado por Manuel S. Fonseca e ilustrado por Nuno Saraiva quer ser a mais despretensiosa – e divertida – testemunha.
Primeiro, num «preâmbulo mansinho, nocturno», a obra visita e descreve, hora a hora, desde a noite de 24 de Abril, até do dia 25, o percurso, repleto de incidentes e suspense, dos militares que derrubaram o regime. Depois, leva-nos a redescobrir o alucinado desatino das palavras que varreu Portugal durante o PREC, tempo em que os portugueses pareciam estar loucos e sem freios, evocando cartazes, os gritos das manifestações, as paredes e muros pintados. «Nem Mais um Soldado para as Colónias, Nem mais uma Freira para o Céu», «Abaixo a reacção! Viva o motor a hélice», «Libertação imediata dos chatos oprimidos», «Os soldados são filhos do povo. Os generais são filhos da puta», «Se Deus existe o problema é dele».
«O 25 de Abril foi um dia polifónico em que da voz de cada português saiu uma palavra, fosse essa palavra exaltante, ridícula, hiperbólica, tímida, ou do mais sublime humor. Dessas palavras se construiu o Portugal que hoje somos. 25 de Abril para ler, sempre!». Sublinham os autores.
Um livro para revolucionários reumáticos e a reaccionários obcecados, para quem viveu o 25 de Abril de 1974, mas também para quem nem sequer ainda sonhava nascer, 25 de Abril, No Princípio Era o Verbo chega à rede livreira nacional, numa edição Guerra e Paz.
25 de Abril, No Princípio Era o verbo
Organização: Manuel S. Fonseca
Ilustrações: Nuno Saraiva
Não-Ficção / História
168 páginas · 15x23 · 16 €