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Encontros de teatro "Poética da palavra" reúnem sete espetáculos em Famalicão
A Casa das Artes de Famalicão vai acolher, de 8 a 27 de março, a 6.ª edição de Poética da Palavra – Encontros de Teatro, que inclui sete espetáculos, entre os quais três estreias absolutas nacionais.
“Eu sou Lorca”, da companhia Momento – Artistas Independentes, “Não sei como dizer-te que a minha voz te procura”, de Emília Silvestre, e “Prometeu”, pelo Ensemble – Sociedade de Actores, são as três estreias anunciadas para estes encontros.
A Casa das Artes refere que a programação se foca no texto, na palavra, na voz e no trabalho dos atores e atrizes enquanto elementos fundamentais da ação teatral.
No final de cada apresentação, haverá conversas entre artistas e público, para dar a conhecer o trabalho concreto que é desenvolvido sobre o texto, a palavra e o processo de construção de cada personagem.
Haverá ainda quatro mesas-redondas, alusivas a temas como dramaturgia (dia 15), encenação (21), teatro e educação artística (26) e liberdade e criação artística (27).
O espetáculo de abertura, marcado para esta sexta-feira, é "Livrar-me", uma cocriação de Sandra Barata Belo e Raquel Oliveira, escrita por Ana Lázaro e com música de Luísa Sobral.
No Dia Internacional da Mulher, “uma mulher conta-se como se fosse a narradora da sua própria vida”, numa homenagem à literatura e à relação que se estabelece entre quem escreve e quem lê.
A 09 de março, Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Miguel Borges apresentam “O Homem em Eclipse”, um projeto musical que celebra o centenário do nascimento do escritor e artista plástico Mário Cesariny.
A 10 de março, sobe ao palco o monólogo “22 Beijos”, com dramaturgia de Eduarda Freitas, que aborda o tema da existência humana e da sua finitude.
“Guião para um país possível”, de Sara Barros Leitão, é a proposta que se apresenta nos dias 15 e 16, sendo esta uma das coproduções da Casa das Artes de Famalicão no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Com interpretações de João Melo e Margarida Carvalho, trata-se de um espetáculo criado a partir dos registos dos funcionários que, no parlamento português, têm a missão de transcrever tudo o que ali é dito.
Em centenas de milhares de páginas, registam-se debates, votações, avanços e recuos nos direitos sociais, laborais e humanos.
No fim de semana seguinte, dias 22 e 23, estreia-se “Prometeu”, pela unidade de investigação, produção teatral e formação Ensemble – Sociedade de Actores, com autoria e encenação de Pedro Galiza.
A 26 de março, acontece a segunda estreia do programa, “Não sei como dizer-te que a minha voz te procura”, com dramaturgia e encenação de Emília Silvestre, com interpretação dos alunos do 3.º ano do Curso de Interpretação da Escola de Artes de Famalicão.
O espetáculo de encerramento da edição de 2024 de Poética da Palavra – Encontros de Teatro é também uma estreia absoluta. Trata-se de “Eu sou Lorca”, da companhia Momento – Artistas Independentes, com parte do texto “Assim que Passarem Cinco Anos”, do poeta e dramaturgo espanhol Frederico García Lorca, assassinada pelas forças falangistas, no início da Guerra Civil de Espanha, em 1936.
Fonte: LUSA | 7 de março de 2024