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Temporada Darcos estreia ciclo de canções de Nuno Côrte-Real com Maria Mendes

A estreia do ciclo de canções de Nuno Côrte-Real, com Maria Mendes e a Filarmónica Arturo Toscanini são alguns dos destaques da Temporada Darcos, do Ensemble de Darcos, sob a direção artística do maestro Côrte-Real, que decorre até dezembro.

A temporada Darcos tem um caráter itinerante, desenvolvendo-se, fundamentalmente, no eixo geográfico Torres Vedras – Lisboa, mas, este ano vai também a Alcobaça, Braga e Castelo Branco.

Em declarações, Côrte-Real realçou o “caráter itinerante e circular” da temporada, que prossegue o ciclo “Europa Sinfónica” iniciado em 2016, e além da Filarmónica Arturo Toscanini, que toca nos dias 5 e 6 de novembro próximo, respetivamente no Teatro-Cine de Torres Vedras e na Aula Magna da Universidade de Lisboa, inclui a Orquestra Filamónica de Pilsen, nos próximos dias 21 deste mês, no teatro-cine, e no dia seguinte, na Aula Magna da Universidade de Lisboa.

As duas orquestras serão dirigidas por Nuno Côrte-Real, sendo solistas a violinista Mihaela Costea, com a orquestra italiana, e a soprano Dora Rodrigues com a orquestra checa.

A estreia do ciclo de canções de Nuno Côrte-Real, “Nas Asas do Indefinido”, com Maria Mendes, a 19 de julho, no Teatro-Cine, em Torres Vedras, e é apresentado no dia seguinte, no âmbito do Festival Cister-Música, em Alcobaça.

Maria Mendes venceu, em 2020, um Prémio Edison na área do jazz, recentemente realizou uma incursão pelo fado, o que “demonstra qualidades caleidoscópicas”, que serão secundadas por Nuno Côrte-Real (direção musical e sintetizadores) e o Ensemble Darcos. O ciclo “‘Asas do Indefinido’ tem como motivo unificador o tema do 1.º andamento do trio op.97, de Beethoven, uma ‘idée fixe’ que, ao contrário da canónica definição, estabelece pontes etéreas por onde todos somos convidados a circular”, segundo nota da Temporada Darcos.

Nuno Côrte-Real destacou ainda a interpretação da versão de câmara da 5.ª Sinfonia de Gustav Mahler, "uma sinfonia grande e intensa", pelo Ensemble Darcos, sob a sua direção musical, numa coprodução com o Festival Estoril-Lisboa e que será apresentada no próximo 20 de junho no Teatro-Cine, em Torres Vedras e, no dia seguinte, no Salão Nobre da Academia das Ciências de Lisboa, no âmbito do Festival.

O Ensemble Darcos volta a Lisboa, no dia 12 de outubro, no Anfiteatro Chimico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, com um programa que inclui peças de Mozart, Ravel e de Pedro Faria Gomes, de quem se ouvirá “Elegia para Violoncelo Solo”, composta entre março e abril de 2007, no seguimento de uma encomenda do Prémio Jovens Músicos. “Trata-se, nas palavras do compositor de ‘um lamento sobre a perda desnecessária’, em dois planos contrastantes, um exterior ‘em toada mais forte e rápida’ e outro mais interior ‘lento e piano, em recolhimento’”.

Este programa é também apresentado no dia seguinte na igreja de Runa, nos arredores de Torres Vedras.

Em Braga, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, no dia 14 de setembro, é apresentado “Lisbon-Kabul: Music Itineraries of Wonder”, pelo Ensemble Darcos e pelo Instituto Nacional de Música do Afeganistão (ANIM), um programa de fados, música tradicional afegã, e a estreia de duas canções de Miguel Amaral, compositor que estreou, no ano passado, “Uma estranha melodia feita de todos os sonhos”, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.

O concerto tem apresentação e direção musical de Côrte-Real, e conta com o fadista Marco Oliveira, e Miguel Amaral, na guitarra portuguesa.

Em Castelo Branco, na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART), o Ensemble Darcos realiza nos dias 18 e 19 de outubro “masterclasses”, e no dia 24 em outubro, a Orquestra Sinfónica da ESART, sob a direção de Côrte-Real, e sendo solista o violinista Gaël Rassaert, apresenta-se no Cine Teatro Avenida, com um programa que inclui peças de Côrte-Real, “Rock - Tribute to Ligeti”, Sibelius, “Concerto para Violino e Orquestra em Ré menor”, e Beethoven, Sinfonia nº 6 em Fá Maior, “Pastoral”.


Fonte: LUSA | 7 de março de 2024

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