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Ampla, a mostra de cinema que não deixa ninguém de fora
Entre esta sexta-feira e domingo, a Culturgest apresenta filmes que passaram por festivais de cinema, com audiodescrição, Língua Gestual Portuguesa e legendas descritivas, entre outros cuidados.
Na mostra de cinema Ampla o foco está na inclusão de pessoas com deficiência e surdas. Não é que não existam em Portugal festivais de cinema com essas preocupações, mas a Ampla é mesmo pensada de raiz para ser acessível. Entre esta sexta-feira e domingo, a terceira edição desta mostra de cinema leva à Culturgest, em Lisboa, uma seleção de obras que passaram por festivais nacionais como Curtas Vila do Conde, Motelx, IndieLisboa, Monstra e Queer Lisboa. O foco da Ampla é isso mesmo: filmes que passam com "recursos para ninguém ficar de fora". Há audiodescrição, interpretação em Língua Gestual Portuguesa, legendas descritivas, entre outros cuidados – e acompanhantes de pessoas cegas ou com baixa visão, bem como de utilizadores de cadeira de rodas, não pagam.
A sessão de abertura, esta sexta às 21h, junta a curta-metragem de animação Quase me Lembro, de Dimitri Mihajlovic e Miguel Lima, e Mal Viver, a metade do díptico de João Canijo que recebeu o Prémio do Júri em Berlim no ano passado. Há, de manhã, também sessões de curtas-metragens para escolas. No sábado, o festival começa, às 15h, com uma "sessão descontraída", num "ambiente mais relaxado" no que toca a barulho e movimento. É feita de curtas-metragens. São elas The Birthday Party, de Francesco Sossai, The Veiled City, de Natalie Cubides-Brady, Mate, de George Alex-Nagle, Dog Apartment, de Priit Tender, Our Uniform, de Yegane Moghaddam, Hotel Kalura, de Sophie Koko Gate, The Diamond, de Vedran Rupic, e Dildotectónica, de Tomás Paula Marques. Segue-se Natureza Humana, de Mónica Lima, curta emparelhada com a longa Paradise, documentário de Alexander Abaturov premiado no FEST. Ainda com o mesmo formato curta/longa, a sessão da noite junta Gangrena, de Gil-Toresano Fernández, e Megalomaniac, de Kartim Quelhaj.
O último dia começa com curtas para crianças de manhã, às 11h30, juntando O Carrossel, de Augusto Schillaci, A Cookie’s Adventure, de oito realizadores, entre os quais Jérémie Amicone e Alexis Bleusez, Swing to the Moon, de sete realizadores, incluindo Marie Bordessoule, Adriana Bouissie e Elisa Drique, Moules-Frites, de Nicolas Hu, e A Rainha das Raposas, de Marina Rosset. Há ainda a curta A Rapariga Imaterial, de André Godinho, emparelhada com A Los Libros y a Las Mujeres Canto, documentário de María Elorza, e, na sessão de encerramento, Fechar os Olhos, de Víctor Erice.
O festival inclui ainda a videoarte de Mané Pacheco e um workshop de animação stop-motion.
por Rodrigo Nogueira in Público | 1 de março de 2024
Notícia no âmbito da parceria Centro Nacional de Cultura | Jornal Público