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Jorge Marmelo vence Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco

A obra “O Silêncio de um Homem Só” de Manuel Jorge Marmelo foi a vencedora do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, instituído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em conjunto com a Associação Portuguesa de Escritores (APE).

Jorge Marmelo vence Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco

A obra “O Silêncio de um Homem Só” de Manuel Jorge Marmelo foi a vencedora do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, instituído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em conjunto com a Associação Portuguesa de Escritores (APE). A atribuição do prémio, relativo ao ano de 2004 e com um valor pecuniário de 5 mil euros, foi decidida por unanimidade, por um júri composto por Cristina Almeida Ribeiro, Fernando Campos e Mário Ventura. “O Silêncio de um Homem Só” foi o primeiro conto de Jorge Marmelo a ser publicado, depois de “há cerca de dez anos atrás ter escrito um conto que não chegou a ser editado”, como explicou o autor. E acrescentou: “Dez anos depois e após a publicação de vários livros, decidi voltar a escrever um conto, e acabei por vencer este prémio, que muito me orgulha”. Uma história em várias histórias é assim “O Silêncio de um Homem Só”, que segundo Jorge Marmelo espelha a sua evolução enquanto escritor, “se houve evolução, ela está aqui patente”, refere. Esta é, pois, uma estória cuja abordagem se volta para a solidão e para a relação que é estabelecida entre si, a morte e o suicídio. Um trabalho cujo conteúdo comove e interessa, atendendo à forma como a vida ou as vidas são apresentadas, quer na relação dos indivíduos consigo próprios quer na relação destes com os outros e com o meio onde vivem. Jorge Marmelo, que se confessa um grande admirador da literatura camiliana, mostrou-se muito satisfeito com este reconhecimento, considerando o prémio Camilo Castelo Branco “como o mais importante do país ao nível do conto”. Depois de ter distinguido nomes como Mário de Carvalho, Teresa Veiga, Maria Isabel Barreno, Maria Velho Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria, José Eduardo Agualusa, José Viale Moutinho, António Mega Ferreira, Teolinda Gersão e Urbano Tavares Rodrigues, o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo agracia agora Jorge Marmelo. Recorde-se que Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Associação Portuguesa de escritores decidiram alargar este ano o prémio aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), possibilitando que as obras escritas em português, de autores de países africanos de expressão portuguesa, publicadas em livro em primeira edição no ano anterior ao da sua entrega, possam também concorrer ao prémio.

JORGE MARMELO - Jorge Marmelo nasceu no Porto, em 1971, e é jornalista desde 1989. Estreou-se nas letras em 1996 com o livro “O homem que julgou morrer de amor/O casal virtual”. Nesse mesmo ano foi convidado a participar na colectânea. “A cidade sonhada”, a par com alguns dos mais reputados escritores, poetas e artistas do Porto. O seu segundo livro, “Portugués, guapo y matador”, publicado em 1997, foi já objecto de uma adaptação teatral, estreada no Porto em Abril de 1999. Em 1998 publicou o seu terceiro título, “Nome de tango”. Em Maio de 1999 saiu o seu quarto livro, “As mulheres deviam vir com livro de instruções”, actualmente na Nona edição. “O Amor é para os Parvos”, lançado em Junho de 2000, foi também já objecto de três reedições. Em Dezembro de 2001 saiu“Sertão Dourado”, e, em Fevereiro de 2002, editou “Paixões & Embirrações”, uma colectânea de crónicas e reportagens, já em segunda edição. Em Fevereiro de 2003 publicou “Oito Cidades e Uma Carta de Amor”, um livro de contos ilustrados por fotografias captadas nas cidades de Budapeste, Praga, Amesterdão, Paris, Londres, Madrid, Nova Iorque e Salvador. No mesmo ano, mas em Novembro, o autor publicou ainda o seu primeiro livro infantil, “A Menina Gigante”, escrito em parecia com a sua filha, Maria Miguel Marmelo, e ilustrado por Simona Traina. Em 2004 publicou “Os Fantasmas de Pessoa”, romance que integra a colecção “Literatura ou Morte” (a qual conta com obras de autores como Rubem Fonseca, Luís Fernando Veríssimo, Bernardo Carvalho ou Moacyr Scliar, entre outros); e “O Silêncio de um Homem Só”, uma colectânea de quinze contos, alguns dos quais originais, mas que, na sua maioria, tinham sido publicados em diferentes meios. Tem participado em várias publicações e antologias, entre as quais se destacam: “Porto.Ficção” (edição Asa), “Putas – Antologia do Novo Conto Português e Brasileiro” (edição Quasi), “Porto, Fragment de Vie” (da editora francesa L’Escampette), “Doze Contos com Livros Dentro” (edição Campo das Letras), “Suplemento Literário de Minas Gerais” e “Bestiário” (ambos do Brasil), “Magazine Artes” e “Imagem Passa Palavra” (edição Cooperativa Gesto). Escreveu ainda os textos dos livros “Vitória: Verso e Reverso” (edição Afrontamento) e “Mário Marques, Para Além do Instante” (edição do Centro Português de Fotografia). Recorde-se ainda que desde Julho de 2001, o seu nome consta  do “Dicionário de Personalidades Portuenses do Século XX”, da Porto Editora, sendo o mais jovem dos nomes biografados.

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