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Porcelana Chinesa de exportação na exposição permanente "Presença Portuguesa na Ásia"
Adquiridas pela Fundação Oriente em 2018, e nunca apresentadas no seu conjunto, 209 peças de porcelana dos séculos XVII a XIX passam agora a integrar a exposição permanente Presença Portuguesa na Ásia.
A chegada de Vasco da Gama à India em 1498 e a conquista de Malaca em 1511 marcam o início das encomendas de porcelana chinesa para o mercado ocidental, onde Portugal desempenhou um papel pioneiro como encomendador.
Adquirida pela Fundação Oriente em 2018, a Antiga Colecção Cunha Alves reúne 209 peças de porcelana chinesa de exportação para o mercado ocidental decoradas com cenas ao gosto europeu. Esta é a primeira apresentação da colecção no seu conjunto, integrada na exposição permanente Presença Portuguesa na Ásia.
Coleccionada ao longo de 25 anos pelo diplomata Paulo Cunha Alves, é composta por peças datadas dos séculos XVII a XIX, adquiridas em leilões, antiquários, feiras internacionais e directamente a particulares, em inúmeros países.
O conjunto está agrupado segundo temáticas diversas: a aventura marítima, a expansão da fé cristã, os deuses do Olimpo, os prazeres da vida ao ar livre, a música, dança e poesia, temas satíricos, anedóticos, históricos, eróticos, galanteios e vaidades, entre outras. A decoração inspira-se em fontes iconográficas europeias, tais como desenhos, gravuras e pequenas pinturas a óleo. Estes modelos em prata, faiança, porcelana, estanho e madeira eram enviados para a China para serem copiados pelos artesãos locais. Os resultados são coloridas representações a azul e branco sob o vidrado, e a esmaltes da “família rosa”, grisaille, preto e sépia, bianco sopra bianco, rosa carmim e dourado, sobre o vidrado.
A aquisição da Antiga Colecção Cunha Alves insere-se na aposta estratégica da Fundação Oriente de consolidar o seu acervo de porcelana, posicionando o Museu do Oriente como uma referência no panorama das artes decorativas, em geral, e da porcelana, em particular.
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