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"2720" de Basil da Cunha, premiado em Clermont-Ferrand

O filme de Basil da Cunha foi eleito o melhor filme europeu no Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand, anunciado há uns dias na cidade francesa.

A curta-metragem 2720 saiu vencedor da 36ª Competição Internacional da 46ª edição do Festival de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand, o maior festival de curtas-metragens do mundo, que decorreu de 2 a 10 de fevereiro: ao filme de Basil da Cunha foi atribuído o prémio Melhor Filme Europeu ('Prix du Meilleur Film Européen').

2720 (Portugaluíça, FIC), co-produzido pela Arquipélago Filmes e comissariado e coproduzido pelo Batalha Centro de Cinema, é um filme que acompanha o cruzamento de duas personagens: Camila, de sete anos, que parte em busca do irmão desaparecido após uma rusga policial, e Jysone que, em liberdade após cumprir uma pena de prisão, percorre o bairro à procura de boleia para o emprego.

O filme de Basil da Cunha tem marcado presença em dezenas de festivais por todo o mundo, reunindo múltiplos prémios e menções honrosas, tais como: o Prémio do Público (Competição Internacional) e de Melhor Realizador Nacional (Curtas Vila do Conde — Festival Internacional de Cinema), Prix du Meilleur Film Suisse (Internationale Kurzfilmtage Winterthur), Bester Kurzfilm (Journées de Soleure) e FIPRESCI Prize (International Kurzfilmtage Oberhausen).

Com este recente prémio, 2720 é agora candidata, na categoria de curtas-metragens, aos 37º European Film Awards (EFA).


Realizador suíço de origem portuguesa, Basil da Cunha nasceu em 1985. A par dos estudos em ciência política e sociologia, realizou várias curtas-metragens auto-produzidas antes de co-fundar a Thera Production. Em 2009, iniciou a sua formação em cinema na Head, em Genebra. No primeiro ano como realizador, Basil realizou o filme “A Côté”, nomeado para o Prix du Cinéma Suisse 2010 e galardoado com o Prémio de Melhor Filme Nacional no Curtas Vila do Conde 2010. No final de 2010, filmou “Nuvem” em Lisboa. Este filme foi apresentado na Quinzaine des Réalisateurs (Cannes), em 2011.

Em 2012, dirigiu “Os Vivos Também Choram” e foi selecionado, pelo segundo ano consecutivo, na Quinzaine des Réalisateurs do Festival de Cannes. Incentivado pela menção especial do júri da Quinzaine des Réalisateurs e inúmeros prémios internacionais, realizou a sua primeira longa-metragem “Até ver a Luz”, com estreia mundial na Quinzaine des Réalisateurs, em 2013.

A sua mais recente longa-metragem, “O Fim do Mundo”, teve estreia mundial em Locarno e foi exibida noutros prestigiados festivais, como Busan, Milão e São Paulo. Foi premiado em Les Arcs e Valladolid antes de ganhar o Prémio de Melhor Fotografia no Prix du Cinéma Suisse em 2020. 

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