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Manuscrito de “Amor de Perdição” exposto em Seide S. Miguel
O manuscrito original de “Amor de Perdição”, obra prima de Camilo Castelo Branco, chega amanhã, terça-feira, a Vila Nova de Famalicão para ficar patente ao público entre 1 a 5 de Junho, na sala de exposições do Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel.
Obra original de Camilo Castelo Branco, que estava no Rio de Janeiro, regressa a Portugal
Manuscrito de “Amor de Perdição” exposto em Seide S. Miguel
O manuscrito original de “Amor de Perdição”, obra prima de Camilo Castelo Branco, chega amanhã, terça-feira, a Vila Nova de Famalicão para ficar patente ao público entre 1 a 5 de Junho, na sala de exposições do Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel.
A mais famosa novela camiliana regressa, assim, a Portugal quase seis décadas depois de ter sido entregue ao Real Gabinete de Leitura do Rio de Janeiro, no Brasil, onde tem permanecido. De volta a Portugal para efectuar trabalhos de restauro nas oficinas da Biblioteca Nacional, em Lisboa, o manuscrito é agora encaminhado até Seide, onde ficará exposto durante a realização do 2º Congresso Internacional de Estudos Camilianos, que terá como tema "A Retórica na Ficção Camiliana" e que contará com a presença de alguns dos maiores estudiosos da vida e obra de Camilo, vindos do Brasil, de Espanha, de França, de Itália, dos Estados Unidos e, naturalmente, de Portugal.
Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, “esta bonita coincidência irá proporcionar a todos os admiradores da escrita camiliana, a oportunidade única de apreciar de perto um dos maiores romances de sempre da literatura nacional”.
“Numa altura em que se abre uma nova página na herança camiliana, com a inauguração do Centro de Estudos Camilianos, projectando para o futuro a vida e obra do escritor, a presença do manuscrito de “Amor de Perdição” na Casa de Camilo Castelo Branco terá um significado muito especial, para todos os amantes da literatura e não só”, assinala o autarca.
“Amor de Perdição” foi escrito em 1862, na cadeia da Relação do Porto, quando Camilo se encontrava pronunciado com Ana Plácido por crime de adultério, em processo movido por Manuel Pinheiro Alves.
Para superar a angústia da situação que, social e psicologicamente, lhe era muito difícil, Camilo lê, escreve e, sobretudo evoca o caso do tio paterno. Simão Botelho, que também ali estivera preso, em 1805, por semelhantes delitos de amor e rebeldia. Consultando o arquivo da cadeia pôde confirmar documentalmente a verdade do facto que, juntamente com outros, a tradição familiar transformara em lenda.