A 14.ª Mostra de Cinema da América Latina vai decorrer entre os dias 14 e 17 de dezembro, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

São nove filmes, inéditos em Portugal, da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, El Salvador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai.

"Temos assistido a uma fidelização e alargamento de público, à expansão para outras geografias nacionais, a uma adesão crescente da comunidade educativa. A América Latina é uma realidade cada vez mais presente na vida cultural e artística portuguesa, possível graças ao trabalho colaborativo de parceiros diversos, como embaixadas, autarquias locais, entidades públicas e privadas", explica Bernardo Vilhena, coordenador da Área Cultural da Casa da América Latina.

O mesmo responsável acrescenta que esta mostra tem como objetivo "dar a ver a mais recente produção cinematográfica da região latino-americana, um panorama atual e representativo do cinema contemporâneo, numa mostra de diversidade e qualidade de uma indústria em efervescência e que revela as múltiplas realidades socioculturais".

Os filmes selecionados falam-nos de esperanças e dificuldades, desafios, resgates e buscas, numa procura de justiça, arte, poesia, raízes, sonhos, e aspirações, através da proposta artística e leitura cívica de criadores que, de acordo com a organização, "são hoje o pulsar na pujante cinematografia latino-americana".

Uma cinematografia apresentada nos festivais de cinema no último ano, que "nos dá a conhecer a criatividade de um universo cinematográfico em expansão e com crescente reconhecimento".

O filme de abertura, exibido a 14 de dezembro, Los Reyes del Mundo, vem da Colômbia e tem realização de Laura Mora Ortega. Trata-se de uma história marcada pela desobediência, amizade e dignidade entre cinco jovens das ruas de Medellín. "Cinco reis sem reino, sem lei e sem família, que empreendem uma viagem em busca da terra prometida", pode ler-se na sinopse.

No dia 15, chega a oportunidade de assistir a Ruido, com Egurrola, Teresa Ruiz, Erick Israel Consuelo nos papéis principais. Julia é uma das muitas mães, irmãs, filhas ou amigas que viram as suas vidas destroçadas pela violência de um país que trata muito mal as suas mulheres. Em busca da filha, Julia cruza-se com outras histórias e outras lutas de pessoas que procuram respostas. No mesmo dia, é tempo para La Pena Máxima, com argumento de Santiago Roncagliolo. A Argentina vive o Mundial de Futebol. Em Lima, Peru, um homem é assassinado. Félix, empregado administrativo do governo, investiga e descobre uma trama internacional de sequestro, desaparecimento e tortura, que põe a nu a vida secreta do país. "As aparências não correspondem à realidade", pode ler-se no site da Casa da América Latina.

No dia 16, é a vez de Eami , que significa "floresta e mundo" para o povo indígena ayoreo-totobiegosode. Eami foi Melhor Filme no Festival de Roterdão 2022 e recebeu o prémio de Melhor Realização no BAFICI - Festival de Buenos Aires 2022.

O bilhete para cada sessão custa 3,50 euros. Reservas através do e-mail: reservas@casamericalatina.pt.