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Opereta "O Morcego" abre celebrações do centenário do Teatro Tivoli
Teatro abriu portas em 1924 e o programa comemorativo do centenário inclui 30 produções nacionais e internacionais. Esta quinta-feira, opereta O Morcego marca o arranque.
A agenda comemorativa, já apresentada, inclui 30 produções nacionais e internacionais, estando previsto cerca de 250 sessões, contemplando cinema, dança, música, teatro, programas para a família e conferências.
Na área da música, depois da opereta em três atos "O Morcego", é apresentado a 22 de janeiro o concerto Mozart Concertante, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção da concertino Ana Pereira, que será também solista.
O próximo espetáculo da agenda celebrativa do centenário é o bailado O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, pelo Ballet de Kiev, que estará em cena de 1 a 3 de dezembro.
A opereta "O Morcego", inspirada na peça Le Réveillon (1872), escrita pelos franceses Henri Meilhac e Ludovic Halévy, é uma das mais celebradas obras de Strauss II, refere o Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), que assim se associa ao centenário do Tivoli. A ação dramática decorre na noite de Ano Novo, o que suscita o desfilar de czardas, valsas e de outras músicas que "faziam feliz a capital austríaca à época", segundo o TNSC.
No original Die Fledermaus, a opereta com libreto de Carl Haffner e Richard Genée estreou-se em Viena em abril de 1874, com assinalável êxito, o que catapultou Strauss para a direção dos concorridos bailes vienenses.
No Tivoli, a opereta tem a direção musical do maestro titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Antonio Pirolli. A narração e textos de ligação entre números cantados estão a cargo do tenor Mário João Alves, e o elenco é constituído pelas sopranos Susana Gaspar, Rita Marques e Cecília Rodrigues, os barítonos Luís Rodrigues, João Merino e Tiago Matos, a meio-soprano Cátia Moreso, que recentemente protagonizou a opereta Maria da Fonte, do compositor oitocentista Augusto Machado, o tenor Leonel Pinheiro, e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, sob direção do maestro titular Giampaolo Vessella.
O teatro, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, foi uma iniciativa do empresário Frederico Lima Mayer que visava dotar a capital de uma sala de espetáculos que ombreasse com outras da Europa. A traça do cineteatro, propósito para o qual foi edificado, é do arquiteto Raul Lino, e abriu portas em 1924, com a projeção do filme Violetas Imperiais, de Henry Roussel.
Fonte: LUSA | 28 de novembro de 2023