"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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Jaime Ramos apresenta um «manifesto pelo país que merecemos e podemos ter»

E se lhe dissessem que é possível Portugal, país que vive estagnado num atraso decadente desde o século XVI, vir a ser um dos países mais prósperos do mundo? 

No seu mais recente livro Sobressalto pela Esperança, Jaime Ramos afirma que não só é possível, como «podemos e merecemos ter esperança de vir a ser um povo feliz». Num manifesto vibrante, que não evita polémicas e assuntos fracturantes, o médico, antigo autarca e deputado social-democrata incita maçons, religiosos e patriotas a promoverem o abanão cívico de que o país precisa para crescer. É, segundo o autor, urgente pensar o país e agir com espírito de serviço público e integridade. Um livro indispensável para quebrar o marasmo, Sobressalto pela Esperança chega à rede livreira nacional, numa edição Guerra e Paz editores. 

Médico, antigo deputado à Assembleia da República, governador civil do distrito de Coimbra, presidente da Câmara de Miranda do Corvo e presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, Jaime Ramos apresenta-nos, aos 70 anos, uma proposta política e social para resolver os problemas estruturais de Portugal. Em Sobressalto pela Esperança, passa em revista temas como os baixos salários, o apodrecimento da ética, o centralismo, a degradação do Estado social, a pobreza, a falta de cuidados continuados para os idosos, a mediocridade na educação, a morte do Sistema Nacional de Saúde, a desmotivação dos funcionários públicos, a impotência da Justiça, a crise na habitação ou os maus transportes públicos. 

Num discurso combativo e exaltante, onde sublinha ainda a desertificação do interior do país –que bem conhece–, afirma que «o nosso modelo económico é um desastre, temos uma democracia que favorece poderes absolutistas, necessariamente centralistas e a Justiça balanceia entre sentenças de «moeda ao ar» e a arrastada impotência em condenar poderosos.»

Perante o cenário dantesco que se apresenta, o autor, assumidamente maçon, aponta o dedo aos maçons, sobretudo aos que figuram nas fileiras de PS e PSD, exigindo-lhes que cumpram na política os princípios que juraram. Deixa ainda um desfaio aos eleitores: «não podem lavar as mãos e dizer que a culpa é dos outros». Este é um apelo que não escolhe credos, facções ou ideologias e dirige-se tanto a maçons, como a religiosos e patriotas, que têm, segundo Jaime Ramos a «obrigação de pensar Portugal». É o momento de agitar este «situacionismo pantanoso», conclui, exclamando: «Vamos a isso!» 

Sobressalto pela Esperança
Jaime Ramos
Não-Ficção / História
160 páginas · 15x23 · 16,00 €
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