“O contrato em causa tem a vigência de cinco anos, renovando-se automaticamente por períodos sucessivos de um ano”, confirmou fonte da secretaria regional do Turismo e Cultura à agência Lusa.

A mesma fonte indicou que “este contrato se refere a um total de 316 objetos (obras de arte e objetos artísticos e outros de uso pessoal) e 241 conjuntos documentais (capas de arquivo, documentação avulsa, negativos, fotografias, bobines de filme, jornais, etc.)”.

O acordo foi assinado na terça-feira, no âmbito da sessão solene de um congresso dedicado a Lourdes Castro, a decorrer no Mudas, no concelho da Calheta, num ato que contou com a presença de Nuno Brazão, sobrinho da artista, e do secretário regional com a tutela, Eduardo Jesus.

O congresso “In Memoriam: Lourdes Castro” é promovido pela secretaria regional de Turismo e Cultura, sendo uma iniciativa dedicada “à memória de Lourdes Castro, evocando a vida e a obra desta artista maior do panorama da arte contemporânea portuguesa, nascida na Madeira e falecida em janeiro de 2022”.

Na apresentação do evento, a organização destacou que Lourdes Castro, “conhecida como a artista da sombra, é autora de uma extensa e notável obra, multidisciplinar que se desdobrou em diversos campos das artes”.

A organização salientou o seu “percurso muito particular, radicado numa apetência interdisciplinar de cariz marcadamente pessoal, cuja riqueza cromática e expressiva não se esgota no retrato ou na natureza, temáticas de eleição, embora tenha nessa via teórica e plástica uma aposta particularmente forte, numa análise que sublinha a relevância das diversas fontes como a história, a literatura e o quotidiano para a sua criação artística”.

A organização recorda que o congresso acontece a par da exposição “Como uma Ilha sobre o Mar: Lourdes Castro”, no Mudas, com curadoria de Márcia de Sousa, patente até 31 de outubro.

---

Fonte: LUSA | 4 de outubro de 2023