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Livro de estreia de Arnaldo da Fonte convida-nos a uma reflexão existencialista e à revisitação do passado
Entre o sossego e o desassossego, a dor e a alegria, o real e a memória, Diário de Um Desassossegado, de Arnaldo da Fonte, propõe-nos um silencioso encontro com cada um nós através da revisitação de um passado onde se fundem poesia e conto, cartas e aforismos, numa diversidade narrativa onde cabem ainda reflexões de índole filosófica e ensaística.
Um livro de doce rememoração e encantatória melancólica, Diário de Um Desassossegado marca a estreia de Arnaldo da Fonte, transmontano de 73 anos que, após uma tropical adolescência em Angola, dedicou toda a sua vida ao exercício da advocacia. Numa nota dirigida aos leitores, o autor confessa: «apresento-me transfigurado nas páginas do livro que tens em mãos. São as minhas credenciais, nesta circunstância; faço-o pela primeira vez.»
Combinando a ficção, o pensamento filosófico e os aforismos, o autor faz um «alinhavo de vidas contadas e cantadas, escritas e descritas, tanto no singular quanto no plural, onde a dor, a dúvida, a alegria, o medo e a solidão estão presentes nas reflexões», mas também na poesia, género que serve de manto protector de «sentimentos e pensamentos que vão da alegria ao desencanto, da busca de paz ao assumido desassossego». «A dor da incerteza, a dúvida por confirmar, o medo oculto, a vitória adiada, o chamamento a que ninguém responde, a pergunta sem resposta, a inquietação do olhar turvo. Porque tudo é baço: as convicções, as ideias reformuladas, as assinadas certezas, a própria existência.»
Já nos contos, Arnaldo da Fonte leva-nos a revisitar, na companhia das suas histórias e das personagens, lugares e rememorações repletas de pessoas típicas, quer do meio rural quer do meio urbano, «itodas em busca de um sentido para a Vida».
Diário de Um Desassossegado
Arnaldo da Fonte
Ficção / Narrativa
400 páginas · 15x23 · 18 €