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"A Mais Frágil das Moradas"
Centenário de Eduardo Lourenço: pensador e ensaísta é homenageado por poetas portugueses numa antologia organizada por Jorge Augusto Maximino e Nuno Júdice.
«Um gesto de gratidão em memória de Eduardo Lourenço no centenário do seu nascimento, pela sua generosidade […] e pelo imenso e relevantíssimo legado que a sua obra constitui para todos». Foi este sentimento que levou Jorge Augusto Maximino e Nuno Júdice a partirem para a organização de A Mais Frágil das Moradas, antologia de homenagem a Eduardo Lourenço, que reúne poemas de 20 autores portugueses de todos os tempos. De Camões a Antero de Quental, de Álvaro de Campos a António Carlos Cortez, de Hélia Correia a Fernando Guimarães. (Conheça a lista completa aqui).
No volume, explicam os organizadores, «participam os autores que responderam ao convite para esta celebração e manifestação de especial apreço [pelo] seu exigente e extraordinário ensaísmo sobre a criação poética». Eduardo Lourenço «influenciou várias gerações com o seu pensamento crítico e as suas profundas e originais análises sobre temas fundamentais do mundo da cultura, além da sua importante intervenção cívica». Mas, para o autor de O Labirinto da Saudade, a poesia tinha um lugar de destaque. Era, para si, «não só a arte suprema como também um espaço de liberdade na linguagem, uma vez que na sua perspetiva “só a palavra poética é libertação do mundo”», «é nela que se encontra o lugar do humano como espaço de liberdade, embora a poesia seja ao mesmo tempo “a mais frágil das moradas” (Tempo e Poesia).»
Os poemas desta antologia são, por isso, um convite à leitura dos seus textos, porque é imprescindível manter vivo esse diálogo que, na sua obra, Eduardo Lourenço instaurou com a poesia. Uma edição Guerra e Paz Editores com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e o apoio das Câmaras Municipais da Guarda e de Almeida.
A Mais Frágil das Moradas
Org. Jorge Maximino e Nuno Júdice
Ficção / Poesia
128 páginas · 15,5x21,5 · 14€