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Como o pai que nunca conheceu
Livros do Brasil publica «Caro Professor Germain», obra inédita em Portugal, que reúne a correspondência trocada entre Albert Camus e o seu estimado professor primário.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 21 de setembro de 2023.
Numa tradução de Maria Etelvina Santos, e à exceção de algumas cartas extraviadas, aqui se publica integralmente pela primeira vez esta manifestação de veneração e amizade só interrompida pela morte prematura de Camus num acidente de viação, corria o ano de 1960. Nesta correspondência fala-se de escrita e literatura, de viagens e projetos, de ensino e pedagogia, da família próxima de um e outro, de uma imensa saudade.
Caro Professor Germain
«Caro Professor Germain, deixei que acalmasse um pouco todo o ruído que me envolveu nos últimos dias, antes de vir falar-lhe um pouco e de coração aberto. Acabam de me conceder uma grande honra, que não busquei nem pedi. Mas quando soube da notícia, o meu primeiro pensamento, depois da minha mãe, foi para si. Sem o senhor, sem essa mão afetuosa que estendeu à pequena criança pobre que eu era, sem o seu ensinamento e exemplo, nada disto me teria acontecido.» Albert Camus acabava de receber o Prémio Nobel da Literatura quando escreveu esta nota, endereçada ao seu professor primário. Neste volume, reúnem-se pela primeira vez as cartas que Albert Camus e Louis Germain trocaram ao longo dos anos, repletas de carinho e admiração mútuos. Junta-se ainda o texto «A escola», excerto de O Primeiro Homem, romance inacabado de Camus, onde Germain é transmutado em Bernard.
Ver primeiras páginas
Título: «Caro Professor Germain»
Autor: Albert Camus
Tradução: Maria Etelvina Santos
N.º de Páginas: 88
PVP: 13,30€
Coleção: Dois Mundos
SOBRE O AUTOR
Albert Camus
Nasceu em Mondovi, na Argélia, a 7 de novembro de 1913. Licenciado em Filosofia, participou na Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial e foi então um dos fundadores do jornal de esquerda Combat. Em 1957 foi consagrado com o Prémio Nobel da Literatura pelo conjunto de uma obra que o afirmou como um dos grandes pensadores do século xx. Dos seus títulos ensaísticos destacam-se O Mito de Sísifo (1942) e O Homem Revoltado (1951); na ficção, são incontornáveis O Estrangeiro (1942), A Peste (1947) e A Queda (1956). A 4 de janeiro de 1960, Camus morreu num acidente de viação perto de Sens. Na sua mala levava inacabado o manuscrito de O Primeiro Homem, texto autobiográfico que viria a ser publicado em 1994.