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Só é possível cortar o mal pela raiz

Finalista do Prémio Booker e livro do ano para publicações como The New York Times e TIME, As Árvores é o novo título da coleção Contemporânea. Percival Everett assina aqui um policial audacioso, repleto de ironia e duplos sentidos, apontando o dedo ao racismo endémico nos EUA

As Árvoresé um romance nada convencional, de sátira mordaz, que avança a ritmo veloz, sem desviar o olhar dos fantasmas que encontra pelo caminho. Distinguido com o Prémio Bollinger Everyman Wodehouse para escrita de comédia e finalista do Prémio Booker 2022, este « page-turner irresistível, que se precipita impetuosamente repleto de insolência, humor, deleite e raiva», assinala a estreia de Percival Everett em Portugal.

O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 21 de setembro de 2023.

Um facto histórico – o horror dos linchamentos de que foi vítima a comunidade negra durante décadas, sob o domínio, a conivência e também alguma ignorância da maioria branca – é a pólvora desta narrativa explosiva. O rastilho é uma bizarra sequência de assassinatos, aparentemente desconexos e sem sentido. Lendo estas páginas, a meio de uma gargalhada percebemos que, afinal, estamos perante um assunto muito sério, com o qual o autor brinca de forma magistral. O mal cresce selvagem e em toda a parte. Vai buscar alimento às camadas mais profundas da sociedade. E os seus frutos são perigosamente podres. Eis o que nos diz, por entre linhas, esta história desconcertante, este livro-metáfora. «Contava-se como uma velha piada em Money, Mississípi, que quem quisesse descobrir quem pertencia ao Klan tinha só de ficar à espera na Lavandaria do Russell.» Não esperemos mais.

SOBRE O LIVRO

As Árvores
Uma série de homicídios macabros toma de assalto a cidade de Money, Mississípi. O xerife, os seus ajudantes, o médico-legista e demais habitantes daquela localidade orgulhosamente branca reagem com desconfiança quando uma dupla de detetives estaduais, negros, chega para ajudar na investigação. Em cada uma das cenas do crime, um mesmo elemento deixa-os a todos cada vez mais perplexos: um segundo corpo, de um homem incrivelmente semelhante a Emmett Till, rapaz negro linchado naquela cidade 65 anos antes. Quando os detetives se convencem de que se trata de uma vingança, são surpreendidos pelo facto de haver registo de mortes em moldes idênticos um pouco por todo o país. À medida que os corpos se amontoam, a investigação é conduzida até à casa de uma senhora centenária com um assombroso arquivo histórico.

Ver primeiras páginas

Título: As Árvores
Autor: Percival Everett
Tradução: José Lima
Páginas: 324
PVP: 18,85€
Coleção: Contemporânea

CRÍTICAS

«Provavelmente, o romance mais (justiceiramente) divertido que lerão em décadas.»
Babelia (El País)

« As Árvores , de Percival Everett, consegue (…) iluminar a escuridão mais atroz e dizer verdades de maneiras que trazem algum sentido ao absurdo da vida. Faz-nos voltar ao âmago da nossa humanidade.»
Peter Florence, presidente do júri do Prémio Bollinger Everyman Wodehouse

«Com uma combinação arriscada de whodunnit , terror, humor e perspicácia acutilante, As Árvores é um justo tributo ao romance: difícil de abandonar e impossível de esquecer.»
NPR

«[Percival Everett] deu saltos verdadeiramente audaciosos ao longo de quase 40 anos de escrita, mas As Árvores é talvez o mais audacioso de todos. Torna uma fantasia de vingança numa obra-prima de terror cómico. Transforma a causa narrativa em causa moral e eleva-a até aos céus. Os leitores vão rir até doer.»
Los Angeles Times

«A genialidade deste romance está no facto de, numa era de populismo reacionário, se lançar na ofensiva, usando formas populares para abordar um tema político profundo através de uma história de terror cómico impossível de largar. É um poderoso grito de alerta.»
The Guardian

«Profano e perfeito.»
Oprah Magazine

SOBRE O AUTOR

Percival Everett
Nasceu nos Estados Unidos da América a 22 de dezembro de 1956. Com mais de trinta obras publicadas, incluindo Telephone (finalista do Prémio Pulitzer em 2021), So Much Blue e Erasure , recebeu numerosas distinções, entre as quais o Hurston/Wright Legacy Award, o Ivan Sandrof Lifetime Achievement Award pelo National Book Critics Circle, o Prémio Dos Passos, o Prémio PEN Center USA for Fiction e o PEN/Jean Stein. É membro da Academia Americana de Artes e Ciências e professor na Universidade do Sul da Califórnia.

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