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Para acrescentar algo necessário
Assírio & Alvim publica Post-Scriptum, o sexto título da coleção Obras de Jorge de Sena.
O livro já se encontra disponível online e nas livrarias.
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Tu julgas que procuro, e não procuro.
Tu julgas que eu aceito, e não aceito.
Nem de aceitar nem procurar é feita a minha vida.
Sabes? Será que alguma vida
é feita do que julgas?
SNo coração mental das tuas flor’s perdidas
há um pequeno núcleo enegrecido,
que enegreceu à falta de o olhares.
Não julgues, olha-o.
Olha-o por amor da minha vida.
Verás que se desdobra imaculado.
Estarei pensando fugidiamente em como
será que o olhas. Nada mais farei.
SOBRE O LIVRO
Post-Scriptum
Post-Scriptum é, nas palavras do próprio autor, «um livro de peculiar organização»: trata-se de um conjunto de poemas saídos na reunião Poesia-I, que «poderia ter entrado nas três primeiras colectâneas […], além de perto de uma vintena de dispersos e inéditos, escritos em 1950-59». Poderá parecer a alguns um livro compósito no seu dizer e elaboração, mas Jorge de Sena refuta essa ideia sugerindo que, com estes poemas, «esta seria mais correctamente a imagem, se não direi de uma primeira fase da minha poesia, pelo menos da poesia que escrevi antes de ter deixado de viver permanentemente em Portugal […]».
Ver primeiras páginas
Título: Post-Scriptum
Autor: Jorge de Sena
Prefácio: Joana Matos Frias
N.º de Páginas: 72
PVP: 13,30€
Coleção: Obras de Jorge de Sena
SOBRE O AUTOR
Jorge de Sena
Nasceu em Lisboa a 2 de novembro de 1919 e morreu em Santa Bárbara, na Califórnia, a 4 de junho de 1978. Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia do Porto, parte para o exílio no Brasil em 1959 e aí doutora-se em Letras e torna-se regente das cadeiras de Teoria da Literatura e de Literatura Portuguesa. Muda-se para os EUA em 1965, lecionando na Universidade de Wisconsin e, anos depois, na Universidade da Califórnia. Poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta e tradutor, é considerado um dos mais relevantes escritores de língua portuguesa do século XX, autor de títulos como Metamorfoses (1963), Os Grão-Capitães (1976), O Físico Prodigioso (1977) e Sinais de Fogo (1979), este último considerado a sua obra-prima.