"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

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O que tem tudo isto (ainda) a ver com Portugal?

Quase quarenta anos volvidos sobre a publicação de O Mapa Cor de Rosa, a Assírio & Alvim dá a ler de novo este título de Maria Velho da Costa.

Obra fundamental para a compreensão de todo o trabalho de Maria Velho da Costa, mas também na reflexão sobre esses importantes anos a seguir ao 25 de Abril de 1974, O Mapa Cor de Rosa é o olhar da escritora sobre o nosso país naufragando nos novos tempos de liberdade. Publicadas pela primeira vez em 1984, estas cartas de tom «quase íntimo», nas palavras da autora, evocam símbolos de uma era: o papamóvel, a estreia de um êxito de César Monteiro, a Guerra das Malvinas, o desemprego em massa, a Polónia de Lech Walesa, o encanto poético de Oxford. A presente edição reproduz as ilustrações originais de Oscar Zarate.

O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 7 de setembro de 2023.

«O que tudo isto tem a ver com Portugal não sei bem. Um ardor de catástrofe, finalistas igualmente chumbados de uma desigualmente proveitosa, mas igualmente idealizada prova imperial? Finalmente estou por aqui por acaso e por necessidade, que ainda são as grandes motivações nacionais para sair. Estamos espalhados por toda a parte. E literalmente, passando um pano de luto por cima da espoliação, fartámo-nos de dar mundos ao mundo.»
Maria Velho da Costa

SOBRE O LIVRO

O Mapa Cor de Rosa
Este conjunto de «cartas», como as designa a autora, foram escritas no rescaldo do 25 de Abril, a partir de Londres, onde Maria Velho da Costa era leitora de português (King’s College) e vivia desde 1980. Aqui, escreve sobre e para Portugal, descrevendo os hábitos, tiques e outros aspetos da portugalidade.

Ver primeiras páginas

Título: O Mapa Cor de Rosa
Autora: Maria Velho da Costa
N.º de Páginas: 216
PVP: 17,75€
Coleção: A Phala

SOBRE A AUTORA

Maria Velho da Costa
Nascida a 26 de junho de 1938, em Lisboa, licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Lisboa e obteve o curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e Psiquiatria. Ficcionista, ensaísta e dramaturga, é coautora, com Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta, de Novas Cartas Portuguesas (1972), um livro que se tornou um marco no nosso país pela abordagem da situação das mulheres nas sociedades contemporâneas. A sua escrita situa-se numa linha de experimentalismo linguístico que viria a renovar a literatura portuguesa. A sua obra conquistou diversos prémios literários de que destacamos o Prémio Camões (2002).

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